São Paulo - O canal de televisão francês BFMTV divulgou nesta quinta-feira imagens do ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, e da camareira Nafissatou Diallo minutos depois do suposto estupro que ela alegou ter sofrido no hotel Sofitel, em Nova York, em 14 de maio. Filmados pelas câmeras de segurança do hotel, DSK e Diallo aparecem em situações bastante distintas. Enquanto Strauss-Kahn é visto deixando o hotel sem nenhuma pressa após pagar sua conta, a camareira aparece sentada em um corredor, sem demonstrar nervosismo após contar ter sido supostamente agredida sexualmente.

As imagens mostram também a conversa de Nafissatou Diallo com dois seguranças do hotel, que aparecem fazendo uma 'dança de comemoração' no que parece ser um depósito, o que reforçaria a tese de que DSK foi vítima de um complô, possivelmente para sabotar sua candidatura nas eleições presidenciais francesas de 2012.

https://youtube.com/watch?v=I4Y3na0rep0

A comeração havia sido relatada no final de novembro pelo jornalista americano Edward Jay Epstein, da New York Review of Books, que a princípio falava de uma duração de três minutos - após a divulgação das imagens, a própria revista retificou a informação, afirmando que foram na verdade 13 segundos.

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Os dois funcionários, 'os senhores Yearwood e Mai', se retiram para o local reservado assim que a polícia é alertada por telefonedo suposto ataque à camareira. Após passarem pela porta, eles comentam algo, batem as mãos, se abraçam e um deles dança rapidamente. A direção do grupo Accor, proprietário do hotel Sofitel, que divulgou as imagens, declarou que "a ideia que estes vídeos estabeleçam o envolvimento do grupo (hoteleiro) em um complô não faz sentido", informou o canal BFMTV.

Sem provas - Após a divulgação das imagens, um advogado de Dominque Strauss-Kahn afirmou que não existem provas de ter havido um complô contra o ex-chefe do FMI. "Não tenho provas de que tenha acontecido uma conspiração", disse Henri Leclerc à rádio Europe 1. Para o advogado, afirmações como essas não passam de "verdades parciais" que têm circulado na imprensa francesa.

Depois de ser preso sob a acusação de ter estuprado Nafissatou Diallo, DSK foi libertado e a denúncia contra ele arquivada pela promotoria de Nova York, que alegou falta de credibilidade da camareira. Mas já era tarde para o francês, que perdeu seu cargo no FMI e desistiu de concorrer à Presidência da França.