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Iêmen se aproxima do colapso enquanto mundo observa, diz ONU

Mais de 8 mil pessoas morreram desde que a coalizão da Arábia Saudita lançou campanha militar em março de 2015 contra rebeldes xiitas huthis

Iêmen: "Os cidadãos do Iêmen estão começando a ser submetidos à privação, a doenças e à morte, enquanto o mundo observa" (Fawaz Salman/Reuters)

Iêmen: "Os cidadãos do Iêmen estão começando a ser submetidos à privação, a doenças e à morte, enquanto o mundo observa" (Fawaz Salman/Reuters)

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AFP

Publicado em 30 de maio de 2017 às 17h46.

O Iêmen está à beira do colapso, com a população enfrentando a guerra, a fome e um surto fatal de cólera enquanto o mundo observa, disse nesta terça-feira o chefe de operações humanitárias da ONU.

"Agora é o momento" de acabar com a maior emergência alimentar do mundo e colocar o Iêmen de volta no caminho da sobrevivência, disse Stephen O'Brien no Conselho de Segurança da ONU.

"A crise não está por vir, não se aproxima, está aqui hoje, diante dos nossos olhos e gente comum está pagando o preço", indicou O'Brien, subsecretário da ONU para Assuntos Humanitários.

"Os cidadãos do Iêmen estão começando a ser submetidos à privação, a doenças e à morte, enquanto o mundo observa", assinalou, ao acrescentar que a crise é uma espiral até "o colapso social, econômico e institucional total".

As afirmações do funcionário da ONU refletiram a frustração pelo fracasso do Conselho de Segurança em pressionar os dois grupos que se enfrentam no Iêmen e obrigá-los a se comprometer com negociações sérias a respeito da forma de acabar com esta guerra de dois anos.

Mais de 8.000 pessoas morreram desde que a coalizão liderada pela Arábia Saudita lançou uma campanha militar em março de 2015 contra rebeldes xiitas huthis, que controlam a capital Sanaa, e são aliados do Irã.

O conflito colocou 17 milhões de pessoas diante de uma mortal escassez de comida, incluindo sete milhões que estão a um passo da fome no país, que depende fortemente da importação de alimentos.

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