Avião da Air Algérie: especialistas são forçados a fazer testes de DNA na identificação (Louafi Larbi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2014 às 14h11.
Argel - A identificação de todas as vítimas do avião da Air Algerie que caiu há uma semana no norte do Mali poderá levar vários anos, afirmou nesta quinta-feira em Argel o diretor da polícia judiciária.
"É cedo para falar de identificação, é uma operação que pode levar semanas, meses e até anos. O importante é chegar à verdade", declarou Abdelkader Kara Bouhadba, que considera a identificação "uma prioridade humana".
Treze especialistas argelinos viajaram para o local do acidente na região de Gossi, a cerca de 150 km de Gao (norte do Mali), com colegas franceses, malineses e espanhóis.
Nenhum dos 118 passageiros, incluindo 54 franceses, 23 burquinenses, oito libaneses, seis argelinos e seis espanhóis, sobreviveram.
O avião, um McDonnell Douglas MD-83 alugado da empresa espanhola SwiftAir, fazia o trajeto Uagadugu-Argel e caiu menos de uma hora após sua decolagem.
"Várias amostras colhidas no local não puderam ser analisadas, dada a magnitude do acidente e as condições desfavoráveis de trabalho e de conservação dos corpos", acrescentou o diretor da polícia judiciária.
Os especialistas são forçados a recorrer a testes de DNA para identificar os corpos.
Segundo o coronel Patrick Touron, vice-diretor do Instituto de Pesquisa Criminal da Gendarmaria francesa, os especialistas não viram "nenhum corpo íntegro", mas "corpos profundamente fragmentados e sem possibilidade de identificação por métodos convencionais".
O presidente francês, François Hollande, declarou no sábado que "assim que possível, todos os corpos serão trazidos de volta para a França".