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Hu Jintao viaja aos EUA para tentar fortalecer cooperação bilateral

Entre as medidas conjuntas já fechadas anteriormente, estão acordos no valor de US$ 500 milhões

Obama, presidente dos EUA, e Hu Jintao, líder chinês, buscam maior aproximação (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2011 às 07h31.

Pequim - O presidente da China, Hu Jintao, viajou nesta terça-feira aos Estados Unidos para tentar fortalecer a confiança mútua e firmar as bases para maior cooperação na próxima década, com gestos prévios como a assinatura de acordos no valor de US$ 500 milhões.

Contratos para a importação de algodão e porcelana, acordos sobre maquinaria e produtos eletrônicos fechados no dia anterior em Houston pela delegação de negócios que precede o líder máximo chinês indicam os bons ventos, diz agência oficial "Xinhua".

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"Em seis telas ao mesmo tempo foram mostradas na Times Square o vídeo de amizade no qual predominou o vermelho e algumas figuras reconhecidas mundialmente como o pianista Lang Lang, o jogador de basquete Yao Ming e o astronauta Yang Liwei", acrescenta "Xinhua".

Os investimentos americanos na China superaram os US$ 60,5 bilhões até 2010, enquanto as empresas chinesas nos EUA totalizaram US$ 4,4 bilhões, com grande potencial de crescimento, disse o vice-ministro de Comércio chinês, Wang Chao.

O pragmatismo e a mudança da mentalidade da Guerra Fria, por cooperação em benefício mútuo, com relação à soberania, integridade territorial e os juros respectivos, assim como mais pontos convergentes permitirão à China e aos EUA colaborar em terrenos mais amplos, sustentou o próprio Hu à imprensa americana.

"Os países terão benefícios em suas relações bilaterais sadias e serão prejudicados no caso de enfrentamentos", disse Hu em entrevista publicada pelos jornais "The Wall Street Journal" e "Washington Post".


O líder máximo chinês afirmou que a cooperação regional na Ásia-Pacífico, a melhoria da governabilidade econômica global e a promoção do desenvolvimento sustentável da economia mundial beneficiam os interesses de ambos.

Essa cooperação pode estender-se para setores novos como as energias renováveis e limpas, infraestruturas, aviação e o espaço.

Segundo Wu Baiji, professor na Academia de Ciências Sociais da China, não se pode esquecer que as relações China-EUA se desenvolvem no marco da globalização.

Se em 2010, os Estados Unidos superaram 2,6 vezes à China em volume econômico total, a brecha será reduzida nos próximos anos já que o Produto Interno Bruto (PIB) da China para 2020 deverá ser de US$ 22 trilhões, embora no tecnológico e militar, os EUA seguem em vantagem, disse Wu.

Analistas da Escola de Estudos Internacionais da Universidade do Povo de Pequim destacaram que o equilíbrio de poder experimentou mudanças significativas desde a visita de Hu aos EUA em 2006, já que a China se transformou na segunda economia do mundo, passando o Japão.

No bilateral, Washington deseja maior acesso ao mercado chinês para conseguir seu objetivo de duplicar suas exportações nos próximos cinco anos, mas também preocupa a modernização do Exército de Libertação Popular da China (ELP) e reivindica a apreciação do iuane.

Ambos os países coincidem na necessidade de reforma do sistema financeiro internacional, alcançar um acordo em mudança climática e lutar contra o crime transnacional e a não-proliferação nuclear, segundo fontes oficiais chinesas, mas divergem sobre a via à solução do conflito nuclear norte-coreano.

O volume de trocas comerciais alcançou os US$ 385,300 bilhões em 2010, aumento anual de 30% com importações chinesas de US$ 102,040 bilhões, crescimento anual de 31,7%, o que poderia ser maior se Pequim pudesse comprar a alta tecnologia que Washington não vende.

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