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HRW pede investigação da ONU e sanções contra autoridades sírias

Organização pede que os EUA e a UE exijam uma reunião urgente do Conselho de Segurança para discutir as medidas a tomar frente à escalada de violência no país

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2011 às 07h19.

Madri - A ONU deve realizar uma investigação internacional sobre os disparos mortais efetuados por forças de segurança sírias contra manifestantes pacíficos em 14 localidades no sábado passado e outras violações dos direitos humanos, segundo a Human Rights Watch (HRW).

Os Estados Unidos e a União Europeia (UE) "deveriam também impor sanções às autoridades sírias que tenham ordenado a utilização da força mortífera contra manifestantes pacíficos, assim como a detenção arbitrária e a tortura de centenas de participantes dos protestos", diz a ong em comunicado divulgado nas últimas horas em seu site.

A organização também pede a EUA e UE que exijam uma reunião urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para discutir as medidas a tomar frente à escalada de violência na Síria, em particular na sexta-feira passada.

Esse dia, segundo a HRW, as forças de segurança sírias mataram pelo menos 76 pessoas, embora o número poderia chegar a 112 segundo as listas de militantes sírios de direitos humanos.

Segundo testemunhos recolhidos pela HRW, as forças de segurança abriram fogo contra os manifestantes sem adverti-los em quatro cidades (Homs, Ezra, Duma e Madamiya).

Neste domingo, voltaram a disparar durante alguns funerais efetuados em Barza, Duma e Ezra, matando pelo menos outras 12 pessoas, segundo os meios de comunicação.

"Após o açougue da sexta-feira já não é suficiente condenar a violência", assegura Joe Stork, diretor-adjunto da seção do Oriente Médio e do norte da África da HRW.

"Frente à estratégia das autoridades sírias que se resume em disparar para matar, a comunidade internacional deve impor sanções a qualquer indivíduo que tenha dado ou aprovado tais ordens", acrescenta.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon; o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama; e o presidente do Parlamento europeu, Jerzy Buzek, denunciaram fortemente a brutal repressão das forças sírias na sexta-feira passada e pediram às autoridades desse país que deixem de recorrer à violência contra os manifestantes.

Milhares de pessoas se manifestam na Síria desde meados de março passado contra o regime do presidente Bashar al-Assad, que reprimiu com dureza os protestos e anunciou algumas reformas políticas, consideradas insuficientes pela oposição.

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