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HRW denuncia bombardeios em casas e hospitais no Iraque

O exército do Iraque bombardeou de forma indiscriminada e selvagem bairros residenciais e hospital, segundo a Human Rights Watch

Ataque no Iraque: ataques indiscriminados causaram vítimas entre civis, diz ONG (Ahmad Al-Rubaye/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 09h22.

Bagdá - O exército do Iraque bombardeou desde janeiro de forma "indiscriminada e selvagem" bairros residenciais da província de Al-Anbar, e atingiu várias vezes o principal hospital da cidade de Faluja, denunciou nesta terça-feira a Human Rights Watch.

O Hospital Geral de Faluja foi alvo direto das forças governamentais, o que constitui "uma séria violação das leis da guerra ", afirmou a ONG em comunicado.

Desde o início do ano, o exército bombardeia com bombas e com barris explosivos lançados por helicópteros as áreas de Al-Anbar, onde luta com grupos armados, entre eles jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

"Estes ataques indiscriminados causaram vítimas entre civis e forçaram milhares de habitantes a fugir", explicou a nota, que classificou os bombardeios de "selvagens".

O assessor especial da HRW, Fred Abrahams, apontou que os ataques aumentaram em maio e que as tropas mostram "um temerário desprezo pela população civil presa" entre os grupos em conflito.

As tropas da oposição, entre elas o EIIL, provavelmente também cometeram "crimes contra a humanidade", depois de reivindicarem a execução de soldados iraquianos, acusou a HRW.

A ONG se baseia em declarações de moradores de Al-Anbar e da equipe médica do hospital, já que por motivos de segurança não pôde visitar a província, de maioria sunita.

Em relação ao hospital, as fontes confirmaram que os bombardeios, pelo menos 16 deles, danificaram gravemente os edifícios, entre eles a sala de emergência e a unidade de terapia intensiva, e feriram pacientes e médicos.

Segundo um oficial de segurança consultado pela HRW, há informações de que os jihadistas tomaram o controle parcial do hospital, usado para tratar os combatentes.

A fonte afirmou também que os barris com explosivos foram disparados contra bairros muito populosos para causar "grande destruição, porque a decisão do governo é destroçar a cidade antes de invadi-la".

Os sunitas se queixam de serem discriminados pelo governo, liderado, embora agora interinamente, pelo xiita Nouri al-Maliki, o que facilitou aos jihadistas ganharem força em algumas áreas de maioria sunita.

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Bagdá - O exército do Iraque bombardeou desde janeiro de forma "indiscriminada e selvagem" bairros residenciais da província de Al-Anbar, e atingiu várias vezes o principal hospital da cidade de Faluja, denunciou nesta terça-feira a Human Rights Watch.

O Hospital Geral de Faluja foi alvo direto das forças governamentais, o que constitui "uma séria violação das leis da guerra ", afirmou a ONG em comunicado.

Desde o início do ano, o exército bombardeia com bombas e com barris explosivos lançados por helicópteros as áreas de Al-Anbar, onde luta com grupos armados, entre eles jihadistas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

"Estes ataques indiscriminados causaram vítimas entre civis e forçaram milhares de habitantes a fugir", explicou a nota, que classificou os bombardeios de "selvagens".

O assessor especial da HRW, Fred Abrahams, apontou que os ataques aumentaram em maio e que as tropas mostram "um temerário desprezo pela população civil presa" entre os grupos em conflito.

As tropas da oposição, entre elas o EIIL, provavelmente também cometeram "crimes contra a humanidade", depois de reivindicarem a execução de soldados iraquianos, acusou a HRW.

A ONG se baseia em declarações de moradores de Al-Anbar e da equipe médica do hospital, já que por motivos de segurança não pôde visitar a província, de maioria sunita.

Em relação ao hospital, as fontes confirmaram que os bombardeios, pelo menos 16 deles, danificaram gravemente os edifícios, entre eles a sala de emergência e a unidade de terapia intensiva, e feriram pacientes e médicos.

Segundo um oficial de segurança consultado pela HRW, há informações de que os jihadistas tomaram o controle parcial do hospital, usado para tratar os combatentes.

A fonte afirmou também que os barris com explosivos foram disparados contra bairros muito populosos para causar "grande destruição, porque a decisão do governo é destroçar a cidade antes de invadi-la".

Os sunitas se queixam de serem discriminados pelo governo, liderado, embora agora interinamente, pelo xiita Nouri al-Maliki, o que facilitou aos jihadistas ganharem força em algumas áreas de maioria sunita.

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