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Houthis negam pedido da ONU para deixar o poder no Iêmen

"A bendita revolução avança com firmeza e força superando todas as dificuldades e obstáculos", disse o Comitê Supremo Revolucionário xiita que governa o Iêmen

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2015 às 08h44.

Sana - O movimento rebelde xiita dos houthis rejeitou o pedido do Conselho de Segurança da ONU de abandonar o poder no Iêmen e negociar com o resto de forças políticas para encontrarem uma solução à atual crise que vive o país.

"A bendita revolução avança com firmeza e força superando todas as dificuldades e obstáculos", disse o Comitê Supremo Revolucionário, máxima instância que governa interinamente o Iêmen, em comunicado divulgado ontem à noite.

Além disso, o organismo pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que respeite a vontade do povo iemenita e sua soberania.

O grupo ainda pediu que a ONU "não se deixe arrastar pelas forças regionais que pretendem anular a vontade do povo iemenita", em alusão ao Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) Pérsico, que pediu ao Conselho de Segurança uma resolução para intervir à força no Iêmen.

Os houthis assinalaram também que a emenda constitucional que dissolveu o parlamento no último dia 6, permitindo que o grupo xiita tenha assumido unilateralmente o poder, é "uma mera prática do povo iemenita para exercer seu direito de expressar suas opções políticas sem ditados de ninguém".

O Conselho de Segurança da ONU exigiu no domingo (segunda-feira no Iêmen) que os rebeldes houthis deixem o poder no país e negociem com o resto de forças uma saída à crise, e advertiu de sua disposição de tomar "medidas adicionais" se isso não ocorrer.

Em uma resolução aprovada por unanimidade, o principal órgão de decisão das Nações Unidas exigiu que os houthis, "imediata e incondicionalmente", voltem à mesa de diálogo promovida pela ONU, retirem suas forças dos edifícios governamentais e liberem o presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi e outros dirigentes retidos em seus domicílios.

O Conselho ameaçou com a imposição de "medidas adicionais", que poderiam ser sanções em caso de descumprimento, mas não adotou ainda o capítulo VII da Carta da ONU, que abre a porta ao uso da força, apesar do pedido da CCG. 

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