Eleições em Honduras: apuração foi marcada por atrasos provocados por sucessivas falhas técnicas (Marvin Recinos/AFP)
Redação Exame
Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 19h07.
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, denunciou nesta terça-feira, 9, uma “adulteração” dos resultados das eleições presidenciais no país e condenou a “interferência” do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no processo eleitoral.
Com a apuração perto de ser concluída, o conservador Nasry Asfura, apoiado por Trump, lidera o pleito com uma vantagem estreita sobre o também direitista Salvador Nasralla, que afirma ser vítima de uma “fraude”.
Durante um ato público na cidade de Catacamas, Castro afirmou que o processo eleitoral foi marcado por ameaças, coação, manipulação do TREP (sistema de resultados preliminares), o sistema de resultados preliminares, e adulteração da vontade popular. Segundo a presidente, essas ações configuram um “golpe eleitoral em curso”, que será denunciado em instâncias internacionais.
Esta foi a primeira declaração de Castro após as eleições, cuja apuração foi marcada por atrasos provocados por sucessivas falhas técnicas.
A candidata governista de esquerda, Rixi Moncada, apoiada por Castro e também autora de denúncias de “fraude”, aparece em um distante terceiro lugar em relação aos líderes da disputa.
A presidente afirmou ainda que os resultados das eleições “estão viciados de nulidade” desde a campanha.
"Condeno a ingerência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, quando ameaçou o povo hondurenho que, se dessem o voto a uma valente e patriota candidata do partido Libre, Rixi Moncada, teriam consequências", afirmou.
*Com informações da AFP