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Holanda e Dinamarca se comprometem a enviar caças F-16 à Ucrânia

Zelensky, que descreveu o novo armamento como necessários para "proteger seu povo do terror russo"

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky (esquerda), e o primeiro- ministro holandês, Mark Rutte (direita), em 20 de agosto de 2023 em Eindhoven, sul da Holanda (AFP/AFP)

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky (esquerda), e o primeiro- ministro holandês, Mark Rutte (direita), em 20 de agosto de 2023 em Eindhoven, sul da Holanda (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de agosto de 2023 às 14h50.

Última atualização em 20 de agosto de 2023 às 14h50.

Holanda e a Dinamarca prometeram neste domingo, 20, enviar caças americanos F-16 para Kiev, anunciou o primeiro-ministro holandês durante uma visita do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a uma base da força aérea holandesa em Eindhoven, no sul do país.

"A Holanda e a Dinamarca estão comprometidas em enviar F-16 para a Ucrânia, uma vez que as condições de envio sejam atendidas", disse Mark Rutte em uma declaração conjunta com Zelensky.

Os Estados Unidos já haviam autorizado esses dois países da Otan na sexta-feira a transferir esses caças de fabricação americana para o Exército ucraniano.

Zelensky, que descreveu a oficialização do embarque como "histórica", especificou que os aviões são necessários para "proteger ao [seu] povo do terror russo".

Segundo um correspondente da AFP presente na base de Eindhoven, o presidente ucraniano examinou os F-16, cuja data de entrega ainda é desconhecida.

Uma coalizão de 11 países da Otan começou a treinar pilotos ucranianos em agosto. Segundo as previsões, eles estarão prontos para pilotar essas aeronaves de combate no início de 2024.

Depois de visitar a Suécia no sábado, o líder ucraniano pousou por volta das 12h  na Holanda (7h em Brasília), disse uma porta-voz do governo holandês.

As autoridades ucranianas solicitam a entrega de caças ocidentais para combater as forças de Moscou desde o início da invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.Ataques com drones na Rússia

A visita de Zelensky à Holanda aconteceu um dia depois que um bombardeio russo matou pelo menos sete pessoas e feriu mais de 140 na cidade de Chernigov, no norte da Ucrânia.

O Exército ucraniano respondeu com uma série de ataques de drones, sem causar vítimas mortais, contra Moscou e as regiões russas de Kursk (oeste) e Rostov, perto da fronteira com a Ucrânia.

O tráfego aéreo nos aeroportos internacionais de Vnukovo e Domodedovo foi "temporariamente restringido" durante a noite, informou a agência russa de transportes Rosaviatsia, citada pela agência de notícias Ria Novosti.

O governador da região de Kursk, Roman Starovot, afirmou que um drone "caiu no telhado da estação e causou um incêndio" que foi "extinto às 03h46 (21h46 da noite anterior em Brasília)".

"Cinco pessoas ficaram levemente feridas pelos estilhaços de vidro" e três delas foram hospitalizadas, disse o governador.

Mais ao sul, na região de Rostov, a defesa antiaérea russa interceptou "dois drones" que não causaram mortes nem danos, anunciou o governador regional, Vasily Golubev.

Os ataques ucranianos com drones aumentaram significativamente nos últimos meses, depois que Kiev lançou uma contraofensiva em junho.

A Ucrânia conquistou algumas "vitórias" na semana passada, mas, no geral, a contraofensiva está avançando pouco.

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