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Hitler no poder é uma advertência permanente, diz Merkel

A chanceler relembrou a chegada de Hitler ao poder há 80 anos como uma advertência de que a democracia e a liberdade não se impõem por si mesmas


	Angela Merkel, discursa em Berlim: a chanceler recordou que a Hitler bastou seis meses "para aniquilar toda a diversidade da sociedade alemã"
 (John Macdougall/AFP)

Angela Merkel, discursa em Berlim: a chanceler recordou que a Hitler bastou seis meses "para aniquilar toda a diversidade da sociedade alemã" (John Macdougall/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2013 às 11h43.

Berlim - A chegada de Adolf Hitler ao poder há 80 anos constitui uma "advertência permanente" aos alemães e relembra que a democracia e a liberdade não se impõem por si mesmas, afirmou nesta quarta-feira a chanceler alemã Angela Merkel.

"Esta deve ser uma advertência permanente para nós, alemães", insistiu Merkel ao lembrar a data de 30 de janeiro de 1933 quando o ditador nazista subiu ao poder.

"Os direitos humanos não se impõem por si mesmos. A liberdade não é algo natural e a democracia não é evidente", disse Merkel ao inaugurar uma exposição em Berlim dedicada aos seis primeiros meses do governo de Hitler.

"Uma sociedade viva e humana requer homens que manifestem respeito e atenção pelos demais, que assumam a responsabilidade por si e pelos demais", declarou Merkel, nascida depois do fim da Segunda Guerra Mundial.

Angela Merkel, que falava no lugar onde havia sido a sede da Gestapo, a polícia secreta nazista, recordou que a Hitler bastou seis meses "para aniquilar toda a diversidade da sociedade alemã".

Merkel destacou ainda que uma grande parte da sociedade alemã havia apoiado "ou ao menos tolerado" o regime de Hitler.

"A ascensão do nacional-socialismo foi possível porque as elites e amplos setores da sociedade alemã participaram ou ao menos toleraram", salientou a chanceler.

Como exemplo, Angela Markel citou a participação de estudantes e professores no episódio da queima de livros de 10 de maio de 1933.

Naquele dia, milhares de exemplares de grandes intelectuais alemães ou que falavam alemão como Karl Marx, Sigmund Freud, Thomas e Heinrich Mann foram jogados na fogueira.

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