Mundo

Hillary vai à Turquia para buscar saída na Síria

Hillary acrescentou uma passagem por Istambul (Turquia) no sábado, em uma longa viagem pela África, para se reunir com vários membros da oposição não armada da Síria


	Hillary Clinton: Hillary se reunirá em Istambul com vários opositores e ativistas 
 (Jacquelyn Martin/Divulgação/Reuters)

Hillary Clinton: Hillary se reunirá em Istambul com vários opositores e ativistas  (Jacquelyn Martin/Divulgação/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2012 às 20h23.

Washington - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, viaja nesta sexta-feira à Turquia para buscar novas vias para o fim do conflito na Síria e escutar as propostas de opositores para uma transição que os Estados Unidos já não veem tão distante.

Hillary acrescentou uma passagem por Istambul (Turquia) no sábado, em uma longa viagem pela África, para se reunir com vários membros da oposição não armada da Síria e analisar a situação junto com o governo turco, que já acolheu 50 mil refugiados do país vizinho.

O presidente turco, Abdullah Gül; o primeiro-ministro, Recep Tayyip Erdogan; e o ministro das Relações Exteriores, Ahmed Davotuglu, estarão entre os funcionários que a secretária de Estado encontrará para ouvir o ponto de vista de um dos países-chave no conflito.

''Hillary vai tentar averiguar se há algo mais que possamos fazer e que possa ter um impacto positivo, e não prejudicial, na situação geral na Síria'', disse nesta sexta-feira um alto funcionário americano, que pediu anonimato, aos jornalistas que acompanham Hillary em sua viagem.

Com a batalha em Aleppo a poucos quilômetros da fronteira, a secretária americana aproveitará para anunciar US$ 5,5 milhões extras em ajuda humanitária à população síria, o que elevará a quase US$ 82 milhões a assistência financeira desde o início da revolta, segundo ''The Washington Post''.

Os EUA anunciaram também na sexta-feira novas sanções ao regime de Bashar al Assad, que pretende esmagar sua aliança com o Irã, ao incluir a companhia petrolífera estatal síria Sytrol na lei que penaliza o comércio com Teerã e adicionar o grupo terrorista libanês Hezbollah ao pacote de sanções.


A renúncia do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, reduziu visivelmente as opções na área diplomática e abriu um debate no governo de Barack Obama sobre a possibilidade de fornecer mais ajuda aos rebeldes, embora qualquer assistência militar parece continuar fora de questão.

Por isso, Hillary se reunirá em Istambul com vários opositores e ativistas com quem não conversou até o momento e entre os quais haverá políticos que fugiram da Síria, mas nenhum dos 26 alto-funcionários sírios que se refugiaram em solo turco, segundo o Departamento de Estado.

Os encontros se baseiam em uma renovada fé na capacidade de triunfo dos rebeldes, apesar das batalhas em solo sírio continuarem sangrentas e Assad continuar aparecendo sorridente na televisão.

''Acho que podemos começar a falar e a planejar o que acontecerá depois, o dia depois que o regime cair'', disse Hillary na terça-feira durante sua visita a Pretória (África do Sul).

''Não vou falar em uma data, não tenho forma de prever, mas sei que vai passar, como sabem a maioria dos observadores no mundo'', acrescentou.

Esse planejamento se desenvolve em várias divisões do Departamento de Estado e do Pentágono, que traçam em silêncio planos para enfrentar o previsível fluxo de refugiados, reiniciar a economia e preservar as instituições sírias após uma eventual queda de Assad, segundo informou esta semana ''The New York Times''.

''Temos que nos assegurar de enviar mensagens muito claras sobre como evitar uma guerra sectária. Os que tentam explorar a miséria dos sírios, seja enviando representantes ou terroristas, devem saber que não serão tolerados pelo povo sírio'', concluiu Hillary. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEuropaHillary ClintonPolíticosSíriaTurquia

Mais de Mundo

Votação aquém do esperado de partido de Le Pen faz cotação do euro ficar estável

‘Isso não é um teste’: países se preparam para furacão Beryl, com ‘ventos com risco de vida’

Eleições na França: por que distritos com 3 ou mais candidatos no 2° turno podem barrar ultradireita

Presidente da Costa Rica demite ministra da Cultura por apoio à marcha LGBTQIAP+

Mais na Exame