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Ex-premiê Hariri volta ao Líbano, mas impasse continua

Retorno abre um novo capítulo de uma crise diplomática e política que o ex-primeiro-ministro criou para o Líbano e seus vizinhos

Saad Hariri: ex-primeiro-ministro renunciou ao cargo no dia 4 de novembro, durante uma viagem diplomática à Arábia Saudita

Saad Hariri: ex-primeiro-ministro renunciou ao cargo no dia 4 de novembro, durante uma viagem diplomática à Arábia Saudita

DR

Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 06h48.

Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 07h20.

O ex-primeiro-ministro do Líbano, Saad Hariri, em viagem desde o início do mês, volta para casa nesta quarta-feira para comemorar a independência do país, colônia da França até 1943.

O retorno abre um novo capítulo de uma crise diplomática e política que Hariri criou para o Líbano e seus vizinhos.

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O ex-primeiro-ministro renunciou ao cargo no dia 4 de novembro, durante uma viagem diplomática à Arábia Saudita. A renúncia causou polêmica no país, que não entendia o motivo da decisão.

Mesmo após o anúncio, Hariri permaneceu no país, que passou a ser acusado de mantê-lo preso, além de ter obrigado sua renúncia.

O líder do grupo islâmico Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, chegou a afirmar que a Arábia Saudita declarara guerra ao Líbano.

Como Hariri não retornava para sua casa, o presidente da França, Emmanuel Macron, aproveitou a oportunidade de se colocar como mediador no Oriente Médio, e o convidou para ficar na França.

Hariri aceitou, e viajou para a Europa no sábado, onde permaneceu até esta terça-feira. Ontem, viajou para o Cairo, no Egito, onde se encontrou com o presidente Abdel Fattah al-Sisi.

O fim do “tour mundial” de Hariri pode encerrar ou intensificar ainda mais as tensões entre o Líbano e a Arábia Saudita. Hariri pode até voltar atrás da renúncia.

Conhecido como um aliado do país saudita, ele é mais um personagem da disputa de poder no Oriente Médio.

De maioria sunita, a Arábia Saudita, em meio a uma reforma política interna, tem longas tensões geopolíticas com o Irã, de maioria xiita, que apoia o Hezbollah.

Ontem, o presidente libanês, Michel Aoun, afirmou que a Arábia Saudita terá que agir com “sabedoria” para negociar futuros acordos com o país, sob risco de a relação ser levada ao caos. É tudo que o Oriente Médio não precisa.

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