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Hamas diz que não recebeu nenhuma proposta de cessar-fogo

O Hamas afirmou que não recebeu nenhuma oferta de cessar-fogo por parte de Israel ou outras instâncias internacionais


	Militantes palestinos: milícias dispararam vários foguetes contra cidades do sul de Israel
 (Said Khatib/AFP)

Militantes palestinos: milícias dispararam vários foguetes contra cidades do sul de Israel (Said Khatib/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de julho de 2014 às 08h21.

Gaza - O Hamas afirmou nesta terça-feira em Gaza que não recebeu nenhuma oferta de cessar-fogo por parte de Israel ou outras instâncias internacionais, por isso seguirá "fazendo o que for necessário para continuar protegendo o povo" palestino.

"Nós não temos nada, não recebemos nenhum papel, não nos importa o que Israel tenha decidido", explicou à Agência Efe o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, sobre o cessar-fogo decretado pelo Executivo israelense após proposta do Egito.

Abu Zuhri disse que não é aceitável dizer que "Israel interrompeu as hostilidades após oito dias bombardeando (a Faixa de Gaza) e matando cerca de duzentas pessoas".

O dirigente do Hamas afirmou que o cessar-fogo adotado unilateralmente por Israel "não representa que alguém tenha ganhado ou perdido" o conflito.

"Simplesmente vamos seguir com nossa luta até que acabe a ocupação dos territórios palestinos. Esta é a verdadeira vitória para nós", disse.

Israel aceitou hoje a proposta para um cessar-fogo com as facções armadas em Gaza elaborada pelo Egito e decidiu interromper as hostilidades a partir das 9h locais (3h de Brasília).

Outro líder do movimento islamita, Moussa Abu Marzuk, no entanto, afirmou que a direção da organização "continua analisando a iniciativa (egípcia)".

"O Hamas não adotou ainda nenhuma posição oficial", afirmou Marzuk para a agência "Al Ray", controlada pelo grupo palestino.

Já Izzat al Resheq, outro dirigente do Hamas, manifestou em uma rede social que "a iniciativa egípcia não foi analisada ou debatida com o Hamas, a Jihad Islâmica ou qualquer outro grupo da resistência palestina".

E o líder islamita Osama Hamdan declarou a um canal libanês que não acredita que a iniciativa egípcia "possa ser chamada de um acordo, só beneficia Israel, é uma piada".

O gabinete político e de segurança israelense aceitou na manhã de hoje a iniciativa para suspender suas operações com as facções armadas em Gaza, segundo informou o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um comunicado .

Nas duas últimas horas as milícias palestinas dispararam vários foguetes contra cidades do sul de Israel e na fronteira com a Faixa de Gaza, alguns dos quais foram interceptados pelo sistema antiaéreo "Cúpula de Ferro". Não houve registro de feridos.

Israel também bombardeou pela manhã vários pontos do território palestino, apesar de nas últimas horas terem se reduzido consideravelmente os ataques aéreos, segundo testemunhas.

O Ministério da Saúde em Gaza informou hoje que o número de mortos no território em oito dias de ofensiva israelense chegou a 189, o de feridos a cerca de 1.400 e o de casas destruídas a mais de 250.

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