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Hamas aposta que Mursi colocará fim a bloqueio

Mohamed Mursi, que venceu a eleição presidencial no Egito no mês passado, faz parte da Irmandade Muçulmana e é ideologicamente próximo ao Hamas

O presidente egípcio Mohamed Mursi: o Hamas viu poucos sinais de mudança política desde que Mursi assumiu o poder (©AFP/Arquivo / Mohammed Hossam)

O presidente egípcio Mohamed Mursi: o Hamas viu poucos sinais de mudança política desde que Mursi assumiu o poder (©AFP/Arquivo / Mohammed Hossam)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2012 às 16h01.

Gaza - O chefe do grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza afirmou na sexta-feira estar confiante de que o novo presidente do Egito protegerá o enclave palestino de um ataque israelense e abrirá por completo suas fronteiras para pôr fim a um bloqueio comercial.

Mohamed Mursi, que venceu a eleição presidencial no Egito no mês passado, faz parte da Irmandade Muçulmana e é ideologicamente próximo ao Hamas.

Os islâmicos de Gaza reclamaram durante muito tempo que seu antecessor, Hosni Mubarak, derrubado por uma revolta popular no ano passado, ficava do lado não apenas de Israel, mas também do rival político deles: o movimento Fatah, do presidente palestino Mahmoud Abbas.

Por enquanto, o Hamas viu poucos sinais de mudança política desde que Mursi assumiu o poder. Diplomatas afirmam que o líder egípcio tem tantos problemas internos que mal pode se dedicar a retomar as relações de Cairo com os palestinos.

Entretanto, Ismail Haniyeh, chefe do governo de Gaza, do Hamas, disse a fieis de uma mesquita que uma mudança está por vir.

"Estamos confiantes de que o Egito, a revolução liderada por Mursi, nunca dará cobertura para qualquer nova agressão ou guerra contra Gaza", afirmou ele. "Estamos confiantes de que o Egito, a revolução liderada por Mursi, não participará de qualquer forma do bloqueio a Gaza." Israel lançou uma ofensiva militar contra Gaza no final de 2008 em um esforço para colocar fim aos repetidos ataques com foguetes do Hamas, que se recusa a reconhecer o direito de Israel de existir. Cerca de 1,4 mil palestinos e 13 israelenses morreram na guerra de três semanas de duração.

A violência esporádica prossegue e Israel ainda impõe um rigoroso bloqueio comercial a Gaza, argumentando que isso é necessário para evitar a entrada de armas ou de materiais para a fabricação de armamentos no enclave.

Políticos de Israel têm expressado preocupação com a eleição de Mursi e temem que o histórico tratado de paz de seu país com o Egito poderá se desgastar com o tempo.

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