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Hacker alemão é vinculado a grupos de extrema-direita, diz jornal

Autor do ataque informático que envolveu chanceler alemã escreveu comentários chamando o Islã de "lixo" e a esquerda de "imunda"

Angela Merkel: suspeito de vazar os dados da chanceler alemã tem 20 anos e mora com os pais (Vincent Kessler/Reuters)
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EFE

Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 13h45.

Berlim, 11 jan (EFE).- O autor confesso do ataque informático em massa descoberto na semana passada na Alemanha, que afetou muitas pessoas públicas, inclusive a chanceler Angela Merkel , está vinculado a círculos ultradireitista e tinha sido investigado em algumas ocasiões prévias, publicou nesta sexta-feira a revista "Der Spiegel".

A princípio fontes de investigação apontaram que o jovem de 20 anos de Hesse (oeste), que vive no domicílio de seus pais e não tem estudos formais em informática, mas a publicação assegura que a polícia tem novas informações.

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A publicação afirma que a Promotoria tem "vários indícios" de que Johannes S. "divulgou posições ultradireitistas" na internet e que movia-se no entorno de um grupo de extrema-direita denominado "Hacktivisten".

Além disso, a Promotoria de Giessen tinha aberto três investigações nos últimos anos, entre outras coisas por um suposto crime de espionagem e falsificação de dados, investigações que ainda estão abertas, segundo a publicação alemã.

Estas revelações ratificariam as primeiras especulações sobre o caso, porque logo chamou a atenção que entre os afetados pelo ciberataque estivessem membros de todos os grandes partidos políticos, menos da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).

A polícia descobriu, por exemplo, que sob o nickname "r00taccess" o jovem escreveu comentários tachando o Islã de "lixo" e a esquerda de "imunda", e que defendeu o papel do NPD, o partido neonazista que foi levado em duas ocasiões diante do Tribunal Constitucional para provar sua legalidade.

A revista acrescenta que o autor confesso do ciberataque se radicalizou seguindo canais ultradireitistas do portal de vídeos Youtube, como o intitulado "As análises vulgares". EFE

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