Homem caminha em meio a escombros em Qousseir: o Reino Unido quer que a ONU investigue em profundidade o caso (AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de junho de 2013 às 10h09.
Londres - O governo britânico acredita que há cada vez mais provas que apontam para o uso de armas químicas por parte do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, mas quer que a ONU investigue em profundidade o caso, informou nesta quarta-feira um porta-voz oficial.
O governo se referiu às armas depois que o ministro de Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, afirmou ontem estar ciente de pelo menos "um caso" em que foi usado gás sarin pelo regime sírio, mas não entrou em detalhes.
Um porta-voz de Downing Street, residência oficial do primeiro-ministro, David Cameron, disse hoje, no entanto, que o governo acredita que "o que se necessita é uma investigação independente das Nações Unidas para obter todos os fatos".
Segundo a fonte, essa investigação é necessária antes de tomar uma decisão sobre a qual deve ser a resposta internacional.
Ao mesmo tempo, o governo britânico, acrescentou, pede ao regime de Assad que "coopere plenamente" com os inspetores atribuídos pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
O porta-voz ressaltou a importância que a segurança da população síria tem para a comunidade internacional e insistiu que os massacres "devem terminar".
O ministro das Relações Exteriores francês afirmou ontem que uma das amostras analisadas por um laboratório de seu país aponta que foram utilizadas armas químicas na Síria e que "não há nenhuma dúvida de que o regime e seus cúmplices" foram quem usou.
O gás sarin é uma potente substância que ataca o sistema nervoso classificada como arma de destruição em massa pela ONU.