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Guerra Israel-Hamas: palestinos aguardam entrada de ajuda em Gaza, bombardeada por Israel

Mais de 1.400 pessoas morreram no território israelense, a maioria civis baleados, queimados vivos ou mutilados no ataque do Hamas

Do lado palestino, 3.785 pessoas morreram na Faixa de Gaza, incluindo 1.524 crianças (AFP/AFP)

Do lado palestino, 3.785 pessoas morreram na Faixa de Gaza, incluindo 1.524 crianças (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 20 de outubro de 2023 às 06h56.

Última atualização em 20 de outubro de 2023 às 06h56.

Os palestinos de Gaza aguardam nesta sexta-feira, 20, a entrada de ajuda humanitária após mais de 10 dias de cerco de Israel, que se prepara para uma ofensiva terrestre e prossegue com os bombardeios no território governado pelo movimento islamista Hamas.

O canal egípcio AlQahera News, próximo aos serviços inteligência do país, informou na quinta-feira à noite que a passagem de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, será aberta nesta sexta-feira.

Ajuda humanitária

Neste ponto da fronteira, o único que não é controlado por Israel, caminhões com ajuda humanitária aguardam para entrar em Gaza, de onde o Hamas executou em 7 de outubro um ataque sem precedentes contra Israel que desencadeou a guerra.

Mais de 1.400 pessoas morreram no território israelense, a maioria civis baleados, queimados vivos ou mutilados no ataque do Hamas, segundo as autoridades israelenses. Além disso, 203 pessoas foram sequestradas.

As tropas israelenses mataram 1.500 combatentes do movimento palestino na contraofensiva para recuperar o controle das áreas atacadas.

Do lado palestino, 3.785 pessoas morreram na Faixa de Gaza, incluindo 1.524 crianças, nos bombardeios de represália de Israel, informou o Ministério da Saúde do Hamas.

Bairros inteiros foram destruídos e estão sem água, energia elétrica e alimentos. Mais de um milhão de pessoas foram deslocadas desde o cerco imposto por Israel em 9 de outubro na Faixa de Gaza, já bloqueada por terra, mar e ar desde 2007, quando o Hamas tomou o poder.

"Precisamos de acesso sem restrições e entregar nossa ajuda vital de forma segura. O tempo é curto", afirmou o Unicef na rede social X.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu na quinta-feira um "acesso humanitário rápido e sem obstáculos", assim como um "cessar-fogo humanitário imediato".

Após uma visita a Israel na quarta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um acordo com o homólogo do Egito, Abdel Fatah al Sisi, para permitir a entrada de um primeiro comboio de até 20 caminhões, número considerado insuficiente pela Organização Mundial da Saúde.

O alto comissário da ONU para os refugiados afirmou que a situação é muito preocupante em Gaza.

"Qualquer nova escalada ou mesmo continuação das atividades militares será simplesmente catastrófica para o povo de Gaza", disse Filippo Grandi a repórteres no Japão.

Na passagem de Rafah, trabalhadores egípcios fizeram os reparos dos danos provocados pelos bombardeios israelenses para permitir a passagem dos caminhões de ajuda. Milhares de pessoas estão nas proximidades da fronteira com a esperança de fugir para o Egito.

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