Guerra em Gaza: Hamas avalia resposta à proposta de trégua por troca de reféns
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, os combates só cessaram por uma semana, durante uma trégua no fim de novembro
Agência de notícias
Publicado em 30 de abril de 2024 às 07h48.
O movimento islâmico palestino Hamas avalia, nesta terça-feira, 30, sua resposta a uma proposta de trégua de várias semanas na Faixa de Gaza, condicionada à libertação de reféns israelenses.
Depois de uma reunião no dia anterior, no Cairo, com representantes do Egito e do Qatar, mediadores do conflito, juntamente com os Estados Unidos, uma delegação do Hamas regressou a Doha para estudar uma nova oferta de trégua, disse à AFP uma fonte do movimento.
A resposta virá “o mais rápido possível”, acrescentou essa fonte do grupo, considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia.
O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse na Arábia Saudita que espera uma resposta favorável do Hamas a uma "proposta extraordinariamente generosa de Israel".
Também em Riade, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, explicou que essa oferta contempla “um cessar-fogo de 40 dias” e “a libertação de milhares de prisioneiros palestinos em troca da libertação desses reféns”.
Desde o início da guerra, em 7 de outubro, os combates só cessaram por uma semana durante uma trégua no fim de novembro. Essa trégua permitiu a libertação de cerca de 80 reféns israelenses ou de dupla nacionalidade, além de vinte estrangeiros, em troca de 240 prisioneiros palestinos em prisões israelenses.Mas as autoridades de Israel estimam que 129 pessoas ainda estão detidas em Gaza, das quais 34 morreram.
No ataque de 7 de outubro, no Sul de Israel, os comandos do Hamas sequestraram mais de 250 pessoas e mataram 1.170, a maioria civis, segundo um cálculo da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza para aniquilar o Hamas, que já deixou 34.488 mortos, principalmente civis, segundo o Ministério da Saúde do território governado desde 2007 pelo movimento islâmico.