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Grupos do PT brigam por pastas 'sociais'

Dilma Rousseff deve se voltar nos próximos dias para um grupo de pastas que, embora pequeno e com poucos recursos, provoca alvoroço nas bases de apoio e no PT

Disputas envolvem Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Secretaria das Mulheres e Ministério das Cidades  (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Disputas envolvem Desenvolvimento Agrário, Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Secretaria das Mulheres e Ministério das Cidades (José Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2010 às 10h59.

São Paulo - Após definir os titulares da maior parte dos ministérios mais ricos e refrear a ânsia do PMDB, a presidente eleita Dilma Rousseff deve se voltar nos próximos dias para um grupo de pastas que, embora pequeno e com poucos recursos, provoca alvoroço nas bases de apoio e nas correntes ideológicas que disputam espaço no PT. Um caso exemplar é o do Desenvolvimento Agrário.

Em decorrência de acertos internos do PT, a pasta é controlada pela corrente Democracia Socialista, da qual faz parte o governador eleito Tarso Genro (RS). Por causa disso, após a passagem dos gaúchos Miguel Rossetto (2003-2006) e Guilherme Cassel pelo posto, há dois anos a corrente vem preparando seu terceiro ministro. O nome escolhido foi o do ex-secretário nacional do PT, Joaquim Soriano, que há dois anos desembarcou no ministério com a tarefa de coordenar um de seus mais ambiciosos programas, Territórios da Cidadania. A sucessão parecia tranquila, até o nome dele passar a receber críticas em reuniões da equipe de transição com representantes de entidades interessadas na vida do ministério.

Surgiu na mesa, com o apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), a maior entidade de representação de pequenos agricultores do País, o nome do ex-governador e senador eleito Wellington Dias (PT). Quem o defendeu disse que fez um bom governo no Piauí e tem cacife político para fortalecer a pasta. Também se afirmou que, após dois ministros originários do Rio Grande do Sul, teria chegado o momento do Nordeste, argumento que agradou governadores nordestinos da base de apoio do governo. Outros nomes surgiram no embalo da polêmica, entre eles o da secretária do Planejamento de Sergipe, Lucia Falcon, e até ganhou corpo a ideia de se manter Cassel no cargo.

O enredo sucessório também complica na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, criada em 2003 para atender a reivindicações de organizações do movimento negro - outro aliado petista. Ao escolher um dos nomes da lista de cotados a ministro da pasta, Dilma também definirá se vão predominar em Brasília petistas e militantes de São Paulo ou do Rio.

As disputas envolvem ainda a Secretaria das Mulheres, para a qual também existe lista de candidatos. Por outro lado, há um esforço unificado das diferentes correntes para que o Ministério das Cidades retorne o controle do partido. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
 

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