Grupos de direitos humanos denunciam assassinatos no Egito
Navi Pillay mostrou hoje sua preocupação pela escalada de violência no Egito e pediu uma investigação imediata sobre esses fatos
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 16h02.
Cairo - Pelo menos nove grupos de direitos humanos denunciaram nesta segunda-feira uma nova onda de repressão no Egito e pediram que o assassinato de dezenas de pessoas e as prisões arbitrárias dos últimos dias sejam investigadas.
O Centro Egípcio de Direitos Sociais e Econômicos e o Instituto do Cairo para os Estudos de Direitos Humanos condenaram os atos de violência cometidos "principalmente pelas forças de segurança" no sábado, no terceiro aniversário da revolução da Primavera Árabe que derrubou em 2011 Hosni Mubarak.
Esta violência "premeditada e sistemática" foi dirigida especialmente as manifestações que queriam criticavam as autoridades atuais, afirmaram os grupos. E exemplificaram com a proteção da polícia as manifestações em apoio ao governo interino, aonde chegaram a atirar contra opositores.
Para essas organizações, essa atitude representa uma tentativa de reprimir o direito de manifestação pacífica de oposição ao regime atual.
Apesar das autoridades afirmarem que no sábado morreram 49 pessoas, os grupos de direitos humanos estimam que houve pelo menos 60 mortes, a maioria vítimas baleadas pela polícia para dispersar manifestações, o que representa uma "clara violação da lei dos padrões internacionais" sobre o uso proporcional da violência nesses casos.
E denunciaram a detenção de mais de mil pessoas no aniversário da revolução, incluídos muitos que foram buscados pelas forças de segurança dentro das próprias casas.
Parte dessas pessoas foram interrogadas pela procuradoria nas delegacias sem receber acusações formais, apontaram os grupos de direitos humanos, que pediram a libertação e criticaram os ataques de membros do ministério do interior aos advogados que tentaram conhecer a situação destes detidos.
Segundo o comunicado, esta situação contradiz a Constituição recentemente aprovada, que garante direitos e liberdades, enquanto o "regime atual está empurrando o Egito para uma espiral de violência e minando qualquer possível base para construir um futuro seguro e estável para o país".
"Inclusive se o Egito sofre atos de terrorismo por grupos que utilizam o uso da violência como meio para conseguir seus objetivos políticos, o aparelho de segurança também está atuando com violência por fins políticos", destacaram.
Os grupos consideraram que as autoridades estão utilizando a linguagem do "contraterrorismo" para justificar as violações contra as manifestações pacíficas e não respeitarem a lei.
De Genebra, a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, mostrou hoje sua preocupação pela escalada de violência no Egito e pediu uma investigação imediata sobre esses fatos.
Cairo - Pelo menos nove grupos de direitos humanos denunciaram nesta segunda-feira uma nova onda de repressão no Egito e pediram que o assassinato de dezenas de pessoas e as prisões arbitrárias dos últimos dias sejam investigadas.
O Centro Egípcio de Direitos Sociais e Econômicos e o Instituto do Cairo para os Estudos de Direitos Humanos condenaram os atos de violência cometidos "principalmente pelas forças de segurança" no sábado, no terceiro aniversário da revolução da Primavera Árabe que derrubou em 2011 Hosni Mubarak.
Esta violência "premeditada e sistemática" foi dirigida especialmente as manifestações que queriam criticavam as autoridades atuais, afirmaram os grupos. E exemplificaram com a proteção da polícia as manifestações em apoio ao governo interino, aonde chegaram a atirar contra opositores.
Para essas organizações, essa atitude representa uma tentativa de reprimir o direito de manifestação pacífica de oposição ao regime atual.
Apesar das autoridades afirmarem que no sábado morreram 49 pessoas, os grupos de direitos humanos estimam que houve pelo menos 60 mortes, a maioria vítimas baleadas pela polícia para dispersar manifestações, o que representa uma "clara violação da lei dos padrões internacionais" sobre o uso proporcional da violência nesses casos.
E denunciaram a detenção de mais de mil pessoas no aniversário da revolução, incluídos muitos que foram buscados pelas forças de segurança dentro das próprias casas.
Parte dessas pessoas foram interrogadas pela procuradoria nas delegacias sem receber acusações formais, apontaram os grupos de direitos humanos, que pediram a libertação e criticaram os ataques de membros do ministério do interior aos advogados que tentaram conhecer a situação destes detidos.
Segundo o comunicado, esta situação contradiz a Constituição recentemente aprovada, que garante direitos e liberdades, enquanto o "regime atual está empurrando o Egito para uma espiral de violência e minando qualquer possível base para construir um futuro seguro e estável para o país".
"Inclusive se o Egito sofre atos de terrorismo por grupos que utilizam o uso da violência como meio para conseguir seus objetivos políticos, o aparelho de segurança também está atuando com violência por fins políticos", destacaram.
Os grupos consideraram que as autoridades estão utilizando a linguagem do "contraterrorismo" para justificar as violações contra as manifestações pacíficas e não respeitarem a lei.
De Genebra, a alta comissária da ONU para os direitos humanos, Navi Pillay, mostrou hoje sua preocupação pela escalada de violência no Egito e pediu uma investigação imediata sobre esses fatos.