Grupo Wagner: general que teria informações sobre motim é preso na Rússia, diz jornal
Sergei Surovikin foi visto publicamente pela última vez no sábado; fonte ouvida pelo "Moscow Times" afirma que ele teria 'escolhido o lado de Prigojin' durante a rebelião
Agência de notícias
Publicado em 28 de junho de 2023 às 19h44.
Última atualização em 28 de junho de 2023 às 20h04.
O general russo Sergei Surovikin, ligado à ala do Exército russo mais próxima ao líder mercenário Yevgeny Prigojin , foi preso, aparentemente para interrogatório, informaram fontes russas nesta quarta-feira. Surkovin foi citado por fontes americanas como tendo conhecimento do plano de motim de Prigojin antes da rebelião ser consumada.
De acordo com o jornal russo "The Moscow Times", citando fontes próximas ao Ministério da Defesa, Surovikin foi preso e não é visto em público desde sábado, dia em que a rebelião foi contida.
- Líder do Grupo Wagner planejava capturar líderes militares russos, diz jornal
- Vai fazer frio em SP? Veja a previsão do tempo para o primeiro fim de semana do inverno
- Americanas (AMER3) rescinde com empresa de auditoria PwC após constatar fraude em balanços
- Com investimento de US$ 19 bi, Noruega aprova 19 projetos de petróleo e gás
- Petrobras firma contratos de R$ 7,6 bi com a SCGás, distribuidora de gás encanado de Santa Catarina
- Musk diz que luta com Zuckerberg pode acontecer: 'Ainda não comecei a treinar'
"Aparentemente, ele [ Surovikin ] escolheu o lado de Prigojin durante o levante, e ele o pegaram", disse uma fonte citada pela publicação.
Na terça-feira, o jornal americano "The New York Times", citando fontes de inteligência americana, afirmou que Surovikin teria informações sobre o levante programado pelo líder mercenário antes da deflagração da tentativa de golpe.
Plano detalhado
O líder do grupo paramilitar Wagner , Yevgeny Prigozhin, tinha a intenção de prender os chefes das Forças Armadas russas, mas eles descobriram seus planos, obrigando-o a antecipar a rebelião da semana passada, informou "The Wall Street Journal" nesta quarta-feira.
De acordo com a publicação, que cita funcionários ocidentais não identificados, Prigojin queria prender o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, general Valery Gerasimov, durante uma viagem planejada ao sul do país. Mas o serviço de segurança nacional russo FSB descobriu o plano, e Shoigu e Gerasimov mudaram a viagem, observa o jornal.
Isso teria forçado Prigojin a antecipar seus planos e, na sexta-feira, suas forças tomaram o quartel-general de Rostov-no-Don, um importante centro de comando e logística para a guerra na Ucrânia, antes de iniciar uma marcha rumo a Moscou.
No sábado, o chefe paramilitar recuou. Na segunda-feira, explicou que sua intenção era salvar a organização, e não tomar o poder.
O comandante da Guarda Nacional Russa, Viktor Zolotov, citado pela agência de notícias russa Interfax, estimou que a rebelião foi "preparada" pelos serviços de Inteligência ocidentais que "estavam a par dela semanas antes de começar".