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Grupo de senadores republicanos deve pedir auditoria de eleição nos EUA

Movimento é amplamente considerado simbólico e tem pouca chance de impedir Biden de assumir o cargo. 

Joe Biden: presidente eleito deve assumir cargo em 20 de janeiro (The Washington Post / Colaborador/Getty Images)

Joe Biden: presidente eleito deve assumir cargo em 20 de janeiro (The Washington Post / Colaborador/Getty Images)

TL

Thiago Lavado

Publicado em 2 de janeiro de 2021 às 16h24.

Um grupo de senadores do Partido Republicano pretende pedir a instalação de uma Comissão Eleitoral para fazer uma auditoria emergencial nos resultados da eleição presidencial americana de 2020 em Estados em que houve denúncias de fraude. O pedido deve ser realizado no dia 6, quando o Congresso americano se reunirá para certificar os resultados do Colégio Eleitoral.

O grupo reúne os senadores Ted Cruz, Ron Johnson, James Lankford Steve Daines, John Kennedy, Marsha Blackburn e Mike Braun, além dos eleitos Cynthia Lummis, Roger Marshall, Bill Hagerty e Tommy Tuberville. Em nota conjunta divulgada neste sábado (2), eles afirmam que a eleição foi alvo de alegações de fraude "sem precedentes", mas não citam mais evidências de que fraudes teriam de fato ocorrido.

Ted Cruz disse neste sábado que estaria se juntando ao grupo de senadores vão desafiar a vitória do presidente eleito — o movimento é amplamente considerado simbólico e tem pouca chance de impedir Biden de assumir o cargo. 

"A fraude eleitoral tem sido um desafio persistente em nossas eleições, embora sua dimensão e escopo sejam alvo de discussão", escrevem. "Sob qualquer medida, as alegações de fraudes e irregularidades na eleição de 2020 excedem as de qualquer eleição que presenciamos."

Citando pesquisa Reuters/Ipsos de novembro, os senadores afirmam que uma parcela importante dos americanos desconfia do resultado das eleições de novembro — 39% deles. A mesma pesquisa mostra que 73% dos americanos acreditam que Biden venceu a eleição.

O grupo de senadores republicanos pede para que o Congresso aponte uma comissão com poder investigativo para auditar os resultados em Estados cujos números foram questionados, mas não cita em quais essa investigação seria necessária. Após a auditoria, os Estados avaliariam o trabalho do órgão e, se necessário, certificariam uma mudança nos votos do Colégio Eleitoral. O órgão confirmou em dezembro a vitória do democrata por 306 dos 538 votos.

O grupo pretende votar contra a certificação dos votos dos Estados com alegações de fraude. O comunicado afirma que a maior parte dos democratas e alguns congressistas republicanos devem votar pela certificação dos resultados, mas que uma auditoria "justa e crível" aumentaria a confiança da população no sistema eleitoral.

Desde que Biden teve a vitória projetada por órgãos de imprensa que compilam as contagens de voto e depois confirmada pelo Colégio Eleitoral, o atual presidente, Donald Trump, que perdeu a reeleição, afirma sem fornecer provas que houve fraude. Estados que fizeram recontagens eleitorais desde então não alteraram seus resultados.

(Com informações de Reuters e Estadão Conteúdo)

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