Merah morreu nesta quinta-feira com um tiro na cabeça em plena operação de invasão ao seu apartamento pelas forças de elite da Polícia francesa para capturá-lo (Pascal Pavani/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2012 às 15h07.
Cairo - O grupo 'Jund al-Khilafah' (Soldados do Califado, em livre tradução), vinculado à rede terrorista Al Qaeda, reivindicou o massacre de segunda-feira na escola de Toulouse pelo francês Mohammed Merah, que foi morto nesta cidade por um grupo de elite da Polícia francesa nesta quinta-feira.
Em comunicado divulgado em sites habitualmente usados pelos grupos islamitas, 'Os Soldados do Califado' comemoram a operação lançada por um dos 'seus cavalheiros do Islã', que espalhou 'medo nos corações dos inimigos de Deus'.
'Um dos cavalheiros do islã, nosso irmão Yousef al Faransi (como identificam a Mohammed Merah), lançou uma operação que abalou os pilares do sionismo e os cruzados no mundo todo ', diz a nota.
O grupo 'Jund al-Khilafah' exige que Paris abandone 'sua tendência hostil contra o islamismo e sua sharia (lei islâmica), porque estas políticas só vão trazer destruição e aflição'.
'A responsabilidade é nossa nessas operações e afirmamos que os crimes cometidos por Israel contra nosso povo nos territórios palestinos, principalmente em Gaza, não vão passar sem castigo', acrescenta o texto.
Neste sentido, ameaçam que os 'mujahedin' vingaram 'qualquer gota de sangue derramada injustamente nos territórios palestinos, Afeganistão e em todos os países muçulmanos'.
Mohammed Merah, o assassino confesso de sete pessoas em Toulouse e Montauban nos últimos dez dias, disse atuar sozinho, mas em nome da Al Qaeda.
Merah morreu nesta quinta-feira com um tiro na cabeça em plena operação de invasão ao seu apartamento pelas forças de elite da Polícia francesa para capturá-lo.