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Greve no setor público britânico contra cortes de salários

Mais de um milhão de funcionários do setor público aderiram a uma greve hoje no Reino Unido contra cortes orçamentários e salariais

Greve em Londres: dia terá como ponto alto as manifestações em todo o país (Carl Court/AFP)

Greve em Londres: dia terá como ponto alto as manifestações em todo o país (Carl Court/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 12h08.

Londres - Mais de um milhão de funcionários do setor público aderiram a uma greve nesta quinta-feira na Grã-Bretanha, em protesto contra os cortes orçamentários e salariais, segundo os sindicatos, na maior paralisação contra o governo conservador de David Cameron.

O dia terá como ponto alto as manifestações em todo o país.

O protesto de Londres terminará em Trafalgar Square.

A mobilização inclui professores, funcionários do setor administrativo, garis e seguranças de parques. O movimento é o maior desde a chegada ao poder, em 2010, do governo conservador de Cameron, que decidiu combater a crise com medidas de austeridade.

O governo congelou os salários dos funcionários públicos por dois anos e agora limitou os aumentos a 1% anual.

Os sindicatos anunciaram que chegou o momento de "dizer basta".

"Os grevistas merecem o apoio da população", disse a secretária-geral do Trades Union Congress, Frances O'Grady.

"O que estão dizendo é que os atuais funcionários não podem ser marginalizados da recuperação e que corresponde a todos uma parte justa, à medida que a economia volta a crescer", afirmou.

A economia britânica deixou para trás a recessão em 2009, após uma forte queda e, desde então, registrou um crescimento sólido (3,1% nos 12 meses anteriores ao fim de março).

Apesar do anúncio da greve, o governo espera que muitos funcionários públicos compareçam ao trabalho.

Cameron criticou a iniciativa ao afirmar que os grevistas "fariam melhor em trabalhar" e que a greve era a decisão da minoria.

"A grande maioria dos funcionários não votou pela greve e os primeiros sinais mostram que a maioria compareceu ao trabalho, como sempre", disse o porta-voz do governo, que duvidou do número de um milhão de grevistas antecipado pelos sindicatos.

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