Ativista do Greenpeace: todos foram detidos e acusados de vandalismo, um crime passível de até sete anos de prisão (Jacky Naegelen/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de outubro de 2013 às 09h27.
Paris - O Greenpeace pediu nesta quinta-feira que o ministro francês Jean-Marc Ayrault, em visita a Moscou, defenda a libertação dos 30 militantes da organização ecologista detidos na Rússia, e não apenas do cidadão francês que figura entre eles.
"Consideramos que não se deve fazer distinções entre os 30, ainda mais quando entre eles há russos, para os quais a situação poderia ser mais complicada", declarou à emissora France Info o diretor do Greenpeace França, Jean-François Julliard.
"Pedimos que Jean-Marc Ayrault não se esqueça dos 30 e dirija a mesma mensagem às autoridades russas: é preciso libertar todos", acrescentou Julliard.
O primeiro-ministro francês realiza uma visita de dois dias à Rússia nesta quinta e sexta-feira.
O barco do Greenpeace "Artic Sunrise" foi interceptado por um comando russo no dia 19 de setembro depois que seus ativistas tentaram escalar uma plataforma petroleira do gigante Gazprom para denunciar os riscos ecológicos que ela representa.
Entre os 30 membros da equipe havia um cozinheiro, um médico e dois jornalistas freelance de 18 países diferentes (quatro russos e 26 estrangeiros), entre eles a brasileira Ana Paula Maciel.
Todos foram detidos em Murmansk (noroeste) e acusados de vandalismo, um crime passível de até sete anos de prisão.