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Grécia negocia com credores mesmo em meio à tensão com FMI

O FMI ainda não se somou ao terceiro resgate à Grécia, algo que o resto da tétrade vê imprescindível

Grécia: o FMI ainda não se somou ao terceiro resgate à Grécia, algo que o resto da tétrade vê imprescindível (Aris Messinis/AFP)
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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2016 às 09h56.

Atenas - A Grécia e seus credores reiniciam nesta segunda-feira as negociações em meio à tensão entre o governo grego e o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) após a publicação por parte do Wikileaks da suposta transcrição de uma conversa entre os dois máximos responsáveis do grupo para a Grécia.

A primeira reunião entre os representantes do governo e os da tétrade de credores será realizada às 16h local (10h, em Brasília).

O documento filtrado pelo Wikileaks estremeceu as relações entre o FMI e o governo grego, que pediu explicações à diretora geral do fundo, Christine Lagarde, que respondeu mostrando sua preocupação de que este "incidente" influencie nos "progressos" possíveis nas negociações.

O FMI ainda não se somou ao terceiro resgate à Grécia, algo que o resto da tétrade vê imprescindível, por duas divergências fundamentais.

A primeira é que o fundo considera insuficientes as medidas de corte e de aumento de impostos por um valor total de 5,5 bilhões de euros que, segundo a Grécia e os três membros europeus da tétrade -Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)-, permitiriam um superávit primário de 3,5% do PIB grego em 2018.

O fundo pede medidas de economia de entre 7,5 e 9 bilhões de euros com as quais, assegura, obteria um superávit de entre 1,5% e 2,5% em 2018, e considera o objetivo de 3,5% do PIB demais ambicioso para a conjuntura econômica grega.

O Executivo grego prevê economizar pela reforma da previdência 1,8 bilhão de euros, aos quais será preciso somar outros 1,8 bilhão de novos ingressos com o aumento dos impostos diretos e resto do dinheiro -até os 5,5 bilhões- pretende que proceda do aumento dos impostos indiretos, embora neste último ponto não haja acordo com os credores.

O segundo ponto de atrito entre o FMI e os europeus é que o fundo põe como condição para sua participação no terceiro resgate uma remissão de dívida grega, algo que as instituições europeias rejeitam.

O principal objetivo de Atenas é concluir a negociação antes da reunião de primavera do FMI ou, se isto não for possível, pelo menos antes de 22 de abril, data de reunião do Eurogrupo.

Embora tanto os credores como a Grécia aproximarem muito suas posturas sobre o tema das pensões e da tributação, o desacordo continua sendo total no tema das dívidas morosa.

Enquanto o governo quer proteger da venda aos denominados fundos abutres as hipotecas, os empréstimos às pequenas e médias empresas e os empréstimos consumo, os credores exigem que estes fundos possam adquirir todo tipo de dívidas sem exceções.

Os credores exigem, além disso, a criação imediata de um novo organismo de privatizações que substituirá o existente TAIPED.

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Atenas - A Grécia e seus credores reiniciam nesta segunda-feira as negociações em meio à tensão entre o governo grego e o Fundo Monetário Internacional ( FMI ) após a publicação por parte do Wikileaks da suposta transcrição de uma conversa entre os dois máximos responsáveis do grupo para a Grécia.

A primeira reunião entre os representantes do governo e os da tétrade de credores será realizada às 16h local (10h, em Brasília).

O documento filtrado pelo Wikileaks estremeceu as relações entre o FMI e o governo grego, que pediu explicações à diretora geral do fundo, Christine Lagarde, que respondeu mostrando sua preocupação de que este "incidente" influencie nos "progressos" possíveis nas negociações.

O FMI ainda não se somou ao terceiro resgate à Grécia, algo que o resto da tétrade vê imprescindível, por duas divergências fundamentais.

A primeira é que o fundo considera insuficientes as medidas de corte e de aumento de impostos por um valor total de 5,5 bilhões de euros que, segundo a Grécia e os três membros europeus da tétrade -Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE)-, permitiriam um superávit primário de 3,5% do PIB grego em 2018.

O fundo pede medidas de economia de entre 7,5 e 9 bilhões de euros com as quais, assegura, obteria um superávit de entre 1,5% e 2,5% em 2018, e considera o objetivo de 3,5% do PIB demais ambicioso para a conjuntura econômica grega.

O Executivo grego prevê economizar pela reforma da previdência 1,8 bilhão de euros, aos quais será preciso somar outros 1,8 bilhão de novos ingressos com o aumento dos impostos diretos e resto do dinheiro -até os 5,5 bilhões- pretende que proceda do aumento dos impostos indiretos, embora neste último ponto não haja acordo com os credores.

O segundo ponto de atrito entre o FMI e os europeus é que o fundo põe como condição para sua participação no terceiro resgate uma remissão de dívida grega, algo que as instituições europeias rejeitam.

O principal objetivo de Atenas é concluir a negociação antes da reunião de primavera do FMI ou, se isto não for possível, pelo menos antes de 22 de abril, data de reunião do Eurogrupo.

Embora tanto os credores como a Grécia aproximarem muito suas posturas sobre o tema das pensões e da tributação, o desacordo continua sendo total no tema das dívidas morosa.

Enquanto o governo quer proteger da venda aos denominados fundos abutres as hipotecas, os empréstimos às pequenas e médias empresas e os empréstimos consumo, os credores exigem que estes fundos possam adquirir todo tipo de dívidas sem exceções.

Os credores exigem, além disso, a criação imediata de um novo organismo de privatizações que substituirá o existente TAIPED.

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