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Gravação mostra premiê de Israel e empresário trocando favores

Segundo imprensa local, Netanyahu reconhece que recebeu presentes, mas diz que são troca de gentilezas entre amigos e negou ter cometido irregularidade

Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense (Gali Tibbon/AFP)
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EFE

Publicado em 8 de janeiro de 2017 às 10h43.

Jerusalém - A investigação policial que envolve o primeiro-ministro de Israel por suspeitas de corrupção inclui uma gravação de áudio que mostra Benjamin Netanyahu trocando favores com um empresário, garantiu neste domingo o jornal "Haaretz".

De acordo com a publicação, a investigação contém entre as provas uma fita na qual um empresário não identificado oferece apoio à liderança de Netanyahu, para que este se mantivesse no poder, em uma troca de grandes benefícios e favores.

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As supostas provas estariam incluídas em um dos dois casos que a polícia investiga desde o ano passado, conhecido como Caso 2000, do qual não foram revelados mais detalhes, mas que a imprensa local descreve como "o mais grave".

Netanyahu foi submetido a dois interrogatórios policiais em uma semana, primeiro um de três horas na segunda-feira sobre a suposta receptação irregular de presentes valiosos; e o segundo, de cinco horas, na quinta-feira, sobre o caso considerado mais sério no qual o premiê é acusado de crimes maiores.

Netanyahu se mostrou surpreso "pelas evidências contra ele" que a polícia apresentou durante os interrogatórios, acrescentou o "Haaretz", mencionando fontes próximas a Netanyahu.

Em relação ao primeiro caso, denominado Caso 1000, a emissora israelense "Channel 10" revelou na sexta-feira que o primeiro-ministro também teria usado seus vínculos com o secretário de Estado americano, John Kerry, para ajudar o produtor israelense, Arnon Milchan, a adquirir um visto americano.

Netanyahu reconhece que recebeu presentes, mas garante que são apenas troca de gentilezas normais entre amigos e negou ter cometido qualquer irregularidade, segundo a imprensa local.

A Procuradoria afirmou em comunicado após o primeiro interrogatório que as questões que estão sendo investigadas têm relações com possíveis crimes de "integridade moral" e garantiu ter provas que justificam a abertura de uma investigação criminal.

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