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Grande incêndio devasta o aeroporto de Nairóbi, no Quênia

Incidente não deixou vítimas e causas ainda são desconhecidas


	Um funcionário do aeroporto de Nairóbi entre os escombros do incêndio: incidente no centro de tráfego aéreo mais importante do leste da África obrigou as linhas aéreas a anular ou desviar voos
 (AFP)

Um funcionário do aeroporto de Nairóbi entre os escombros do incêndio: incidente no centro de tráfego aéreo mais importante do leste da África obrigou as linhas aéreas a anular ou desviar voos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 11h07.

Nairóbi - Um grande incêndio que não deixou vítimas e de causas ainda desconhecidas devastou nesta quarta-feira o aeroporto internacional de Nairóbi, o centro de tráfego aéreo mais importante do leste da África, e obrigou as linhas aéreas a anular ou desviar todos os voos.

O incêndio, que começou ao amanhecer, estava controlado às 10H00 locais, segundo o centro queniano de gestão das catástrofes.

Durante várias horas foram observadas chamas gigantescas e enormes nuvens de fumaça no aeroporto internacional Jomo Kenyatta (JKIA).

Segundo testemunhas, áreas inteiras do aeroporto desabaram e as equipes de emergência, que foram mobilizadas rapidamente, não contavam com recursos suficientes.

"Não foi registrada nenhuma vítima no incêndio", declarou à AFP Nelly Muluka, porta-voz da Cruz Vermelha queniana.

O diretor da Kenya Airways, Titus Naikuni, informou que um funcionário da companhia aérea e um passageiro, que inalaram gases tóxicos, foram hospitalizados.

A presidência queniana anunciou que os voos domésticos e de transporte de mercadorias serão retomados na tarde de quarta-feira.

A causa do incêndio permanece indeterminada, mas o chefe de polícia David Kimaiyo anunciou uma investigação e pediu que a população permaneça calma.

Os voos previstos para Nairóbi foram desviados para outros aeroportos, entre eles o da cidade de Mombaça, na costa do Oceano Índico.

As companhias British Airways e KLM (Holanda) também foram obrigadas a anular voos.


Dezenas de milhares de passageiros podem ser afetados pelo fechamento de um dos principais centros aéreos do continente africano.

O aeroporto JKIA tem muitos voos domésticos, mas também embarques para várias capitais africanas e países da Europa, Ásia e Oriente Médio.

Segundo a aviação civil, em 2012 o aeroporto recebeu 6,2 milhões de passageiros, com um fluxo intenso no mês de agosto, quando turistas de todo o mundo visitam o país atraídos por suas reservas de animais selvagens e praias.

O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, cujo pai, primeiro presidente do país, dá nome ao aeroporto, visitou o terminal para avaliar os danos.

Mutea Iringo, funcionário do ministério do Interior, afirmou que as zonas de desembarque e imigração ficaram totalmente destruídas.

"É uma crise grave", afirmou Michael Kamau, do ministério dos Transportes.

"Em todo o aeroporto reina o caos", afirmou Sylvia Amondi, que esperava o desembarque de uma pessoa no JKIA.

"Os restaurantes e as lojas foram destruídos. O teto da área de desembarque internacional desabou", disse.

"A brigada de bombeiros do aeroporto atuou rapidamente, mas não havia funcionários suficientes", destacou.

"Oficiais do exército e policiais chegaram com baldes para apagar o fogo", completou.

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