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Governos reforçam segurança aérea após incidentes

Grã-Bretanha, Nigéria e Alemanha estão tomando providências para evitar problemas nos aeroportos

Reforço ocorreu após dois pacotes-bomba enviados do Iêmen para os Estados Unidos serem descobertos (Richard Heathcote/Getty Images)

Reforço ocorreu após dois pacotes-bomba enviados do Iêmen para os Estados Unidos serem descobertos (Richard Heathcote/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 20h53.

Londres - Vários governos reforçaram na segunda-feira a segurança no setor aéreo por causa da descoberta, na semana passada, de dois pacotes-bomba enviados do Iêmen com destino aos Estados Unidos.</p>

Os explosivos, localizados na sexta-feira na Grã-Bretanha e em Dubai, estavam escondidos em impressoras e teriam força suficiente para destruir os aviões que os transportassem, segundo a Grã-Bretanha.

O incidente mostra uma possível lacuna na segurança aérea, já que a Qatar Airways confirmou que o pacote encontrado em Dubai havia sido transportado em seus aviões de passageiros a partir de Sanaa, capital do Iêmen, via Doha.

A Grã-Bretanha atribuiu a tentativa de atentado à Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), mas disse não ter informações de que o grupo iemenita estaria planejando novas ações.

Uma fonte oficial dos EUA disse que as suspeitas pelo incidente recaem sobre o saudita Ibrahim Hassan al Asiri, especialista em bombas que estaria trabalhando com a AQPA.

Como precaução, a Grã-Bretanha disse que proibirá os passageiros de embarcarem com grandes cartuchos de impressora nas suas bagagens de mão.

Já a Nigéria prometeu melhorar a fiscalização de cargas destinadas aos EUA. No Natal do ano passado, um nigeriano ligado à AQPA foi preso com explosivos na cueca, a bordo de um voo da Holanda para os EUA.

A Alemanha anunciou a suspensão de seus voos comerciais de passageiros oriundos do Iêmen, e cogita também restringir voos cargueiros para outros países não-identificados.

A Grã-Bretanha, que já proibira no fim de semana voos de carga vindos do Iêmen, decidiu ampliar a medida para os voos oriundos da Somália.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, agradeceu a polícia e os serviços de inteligência por terem "claramente evitado assassinatos e mutilações terroristas contra muitos inocentes, aqui ou em outras partes do mundo."

Um dos pacotes foi achado num voo cargueiro da empresa United Parcel Service (UPS) no aeroporto de East Midlands, ao norte de Londres. O outro estava num escritório da transportadora FedEx em Dubai.

Segundo uma fonte do governo alemão, a bomba achada na Grã-Bretanha estava escondida numa impressora da marca Hewlett Packard e continha 400 gramas do poderoso explosivo PETN, o mesmo usado na tentativa de ataque do Dia de Natal de 2009. O pacote de Dubai, segundo a mesma fonte, continha 300 gramas de PETN.

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