Governos falham no combate à corrupção na área de defesa
Segundo pesquisa da Transparência Internacional, mais de dois terços dos países têm salvaguardas inadequadas para evitar a corrupção em seus setores de defesa
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 10h52.
Bruxelas - Mais de dois terços dos países, incluindo muitos dos principais vendedores de armas do mundo, têm salvaguardas inadequadas para evitar a corrupção em seus setores de defesa, segundo pesquisa divulgada na terça-feira pela entidade Transparência Internacional do Reino Unido.
Alemanha e Austrália são os únicos entre 82 países pesquisados onde há fortes mecanismos de controle da corrupção. Em 57 países (70 por cento), os controles são precários.
É a primeira vez que a TI produz essa lista, levando em conta critérios como a supervisão parlamentar das políticas de defesa e os padrões esperados da indústria bélica. Os 82 países pesquisados responderam por 94 por cento dos gastos militares globais em 2011, num total de 1,6 trilhão de dólares, e a entidade estima que o custo global da corrupção no setor de defesa atinja pelo menos 20 bilhões de dólares por ano.
China, Rússia e Israel, importantes exportadores de armas, aparecem como país sob alto risco de corrupção no setor de defesa. Entre os maiores importadores, Índia, Emirados Árabes, Cingapura, Tailândia e Turquia estão na categoria de alto risco.
Nove países --Argélia, Angola, Camarões, República Democrática do Congo, Egito, Eritreia, Líbia, Síria e Iêmen-- estão sob "risco crítico" de corrupção no setor de defesa, sem medidas básicas de atribuição de responsabilidades, segundo a pesquisa.
Entre os países desenvolvidos, EUA, Grã-Bretanha, Suécia e Coreia do Sul estão entre os considerados de baixo risco. Brasil, França, Espanha, Itália e Polônia ficaram no grupo do risco moderado.
A pesquisa examinou não só o potencial de corrupção nos contratos de defesa, mas também o risco de abusos nos orçamentos militares e o risco de corrupção nas Forças Armadas.
Os governos envolvidos na pesquisa tiveram a oportunidade de analisar as conclusões da Transparência.
Mark Pyman, diretor do Programa de Defesa e Segurança da Transparência Internacional no Reino Unido, considerou "chocante" o fato de que, em metade dos países pesquisados, o orçamento de defesa não ser público ou não ser discriminado dentro do orçamento geral.
Apenas 12 por cento dos países pesquisados têm fiscalização parlamentar "altamente eficaz" sobre as políticas de defesa, e poucos protegem que denuncia casos de corrupção nesse setor.
Bruxelas - Mais de dois terços dos países, incluindo muitos dos principais vendedores de armas do mundo, têm salvaguardas inadequadas para evitar a corrupção em seus setores de defesa, segundo pesquisa divulgada na terça-feira pela entidade Transparência Internacional do Reino Unido.
Alemanha e Austrália são os únicos entre 82 países pesquisados onde há fortes mecanismos de controle da corrupção. Em 57 países (70 por cento), os controles são precários.
É a primeira vez que a TI produz essa lista, levando em conta critérios como a supervisão parlamentar das políticas de defesa e os padrões esperados da indústria bélica. Os 82 países pesquisados responderam por 94 por cento dos gastos militares globais em 2011, num total de 1,6 trilhão de dólares, e a entidade estima que o custo global da corrupção no setor de defesa atinja pelo menos 20 bilhões de dólares por ano.
China, Rússia e Israel, importantes exportadores de armas, aparecem como país sob alto risco de corrupção no setor de defesa. Entre os maiores importadores, Índia, Emirados Árabes, Cingapura, Tailândia e Turquia estão na categoria de alto risco.
Nove países --Argélia, Angola, Camarões, República Democrática do Congo, Egito, Eritreia, Líbia, Síria e Iêmen-- estão sob "risco crítico" de corrupção no setor de defesa, sem medidas básicas de atribuição de responsabilidades, segundo a pesquisa.
Entre os países desenvolvidos, EUA, Grã-Bretanha, Suécia e Coreia do Sul estão entre os considerados de baixo risco. Brasil, França, Espanha, Itália e Polônia ficaram no grupo do risco moderado.
A pesquisa examinou não só o potencial de corrupção nos contratos de defesa, mas também o risco de abusos nos orçamentos militares e o risco de corrupção nas Forças Armadas.
Os governos envolvidos na pesquisa tiveram a oportunidade de analisar as conclusões da Transparência.
Mark Pyman, diretor do Programa de Defesa e Segurança da Transparência Internacional no Reino Unido, considerou "chocante" o fato de que, em metade dos países pesquisados, o orçamento de defesa não ser público ou não ser discriminado dentro do orçamento geral.
Apenas 12 por cento dos países pesquisados têm fiscalização parlamentar "altamente eficaz" sobre as políticas de defesa, e poucos protegem que denuncia casos de corrupção nesse setor.