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Governo Trump aumentará contingente de segurança na fronteira com o México

O reforço para tentar evitar a entrada de imigrantes ilegais nos EUA contará com 400 profissionais da área de segurança

EUA: mais de 460 mil imigrantes irregulares foram detidos na fronteira com o México desde outubro (Courtesy CBP/Reuters)

EUA: mais de 460 mil imigrantes irregulares foram detidos na fronteira com o México desde outubro (Courtesy CBP/Reuters)

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EFE

Publicado em 15 de maio de 2019 às 12h35.

Washington — A Administração de Segurança no Transporte dos Estados Unidos (TSA) planeja o envio de centenas de agentes à fronteira com o México por causa do crescente fluxo de imigrantes irregulares, informou nesta quarta-feira a emissora de televisão "CNN".

O canal, apontou ter obtido comunicações internas da TSA e afirmou que as instruções fazem referência à necessidade imediata de enviar o continengente e reconhecem que isso gerará "alguns riscos" por causa da transferência de pessoas alocadas na segurança da aviação.

O plano, segundo a "CNN", envolve até 175 agentes e até 400 pessoas da área de segurança. Em princípio, a missão não envolve militares que inspecionam passageiros nos aeroportos.

"Agora há necessidade imediata de mais ajuda da TSA na fronteira da sudoeste", escreveu Gary Renfrow, um funcionário do alto escalão da agência, segundo os documentos obtidos.

Em 15 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou uma emergência nacional na fronteira sul do país. Isso possibilita o uso de poderes executivos especiais para o emprego das Forças Armadas e o uso de fundos destinados a outros programas no orçamento.

As detenções de imigrantes irregulares na fronteira com o México bateram um recorde em abril, ao alcançar as 98.977 prisões, o maior número dos últimos seis meses.

Com essas prisões, já são 460.294 os imigrantes irregulares detidos na fronteira mexicana desde o início do presente ano fiscal, que começou em outubro. A maioria destes migrantes se apresenta às autoridades e solicita asilo citando a situação de violência no país de origem.

Na segunda-feira passada, 62 ex-funcionários do governo, incluindo ex-secretários de Estado Madeleine Albright e John Kerry, se uniram a um processo de 16 estados contra o governo Trump, que questiona a legalidade da declaração de emergência na fronteira com o México.

De acordo com o grupo de ex-funcionários, "não há base sólida para a declaração de uma emergência nacional com o objetivo de evitar o processo de alocação e realocação de bilhões de dólares para a construção de um muro na fronteira sul".

Na sexta-feira, haverá uma audiência sobre esta denúncia no Tribunal Distrital Federal do Norte da Califórnia, com sede em Oakland.

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