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Governo pode tirar México do Rio-2016, diz comitê do país

Presidente do Comitê Olímpico Mexicano reclama de uma auditoria que está sendo feita pelo governo do país


	Torcedores mexicanos: governo do México alega que o dirigente, investigado, faz chantagem
 (Robert Cianflone/Getty Images)

Torcedores mexicanos: governo do México alega que o dirigente, investigado, faz chantagem (Robert Cianflone/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de novembro de 2015 às 20h06.

Cidade do México - O México corre sério risco de ficar fora dos Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. Quem dá o aviso é exatamente o presidente do Comitê Olímpico Mexicano (COM), Carlos Padilla Becerra, que reclama de uma auditoria que está sendo feita pelo governo do país.

O dirigente alega que o Comitê Olímpico Internacional (COI) não aceita intervenções do estado no esporte e que o COM poderia ser suspenso. O governo alega que o dirigente, investigado, faz chantagem.

"É possível a desfiliação do México (no COI). Primeiro haverá uma recomendação que irá aos mais altos níveis, à Secretaria de Educação Pública (que cuida do esporte no México) e à Presidência da República. Espero que não aconteça assim. As altas autoridades do país têm que pôr um freio nisso", disse Becerra em entrevista coletiva citada pela Notimex, agência de notícias estatal.

De acordo com Becerra, ele foi pessoalmente a Lausanne, na Suíça, para conversar com o presidente do COI, Thomas Bach, sobre a situação.

Lá, entregou uma carta assinada por 10 federações nacionais de esportes olímpicos em que elas expressam ingerência por parte da Comissão Nacional de Cultura Física e Esporte (Conade).

Entre os argumentos que Becerra usa para convencer o governo está o risco de os atletas mexicanos competirem sob a bandeira do COI e "se obtiverem uma medalha de ouro, não toque o hino do México, mas o do COI".

Alfredo Castillo, diretor da Conade, nega o risco de o México ficar fora da Olimpíada. "Isso é uma possibilidade quando há a imposição de novos dirigentes sem um processo eleitoral adequado", argumentou.

Segundo ele, a auditoria já encontrou diversas irregularidades. "O que está em jogo não são os Jogos Olímpicos, mas o futuro do esporte neste país e os mercenários só podem recorrer à chantagem", criticou.

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