Governo palestino decide proibir entrada de alimentos vindos de Israel
Foi proibida a entrada de verduras, frutas e frango de Israel como resposta a uma medida similar tomada por este país
EFE
Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 17h12.
Última atualização em 28 de dezembro de 2018 às 10h10.
Jerusalém - O governo palestino informou nesta quinta-feira, 27, que decidiu proibir a entrada de verduras, frutas e frango de Israel como resposta a uma medida similar tomada por este país.
"O gabinete pede que cidadãos e comerciantes trabalhem juntos para garantir o sucesso desta decisão, cujo objetivo é proteger o produto nacional e a economia nacional", declarou, em comunicado, em comunicado o Executivo presidido pelo primeiro-ministro palestino, Rami Hamdallah.
Em 18 de dezembro, o ministro de Agricultura israelense, Uri Ariel, do partido nacionalista Lar Judeu, proibiu a entrada de frutas e verduras da Cisjordânia em Israel, conforme informou o canal de notícias israelense "Hadashot". O canal afirmou que a decisão de Ariel se justificava em uma aparente tomada de postura prévia da Autoridade Nacional Palestina (ANP) de proibir a venda de cordeiro israelense na Cisjordânia.
"Soubemos por fazendeiros israelenses que a ANP não aceitava o cordeiro, violando nossos acordos", disse um porta-voz do ministério ao canal.
A unidade militar israelense que coordena e administra assuntos civis e militares na Cisjordânia e em Gaza, COGAT, aconselhou o Ministério de Agricultura a não tomar qualquer medida, segundo o canal "I24". O conselho foi ignorado.
O Ministério de Agricultura palestino confirmou a decisão de impedir a venda de cordeiro israelense e disse que o motivo era a redução de preços ligados à especulação israelense, conforme a agência independente de notícias palestina "Maan".
O Ministério de Agricultura israelense controla e inspeciona a entrada de produtos nos postos de controle militar e implementar uma proibição semelhante é simples do ponto de vista prático. Israel é o maior parceiro comercial dos palestinos, enquanto a Cisjordânia só representa um pequeno mercado para os produtores israelenses.