Energia elétrica: a redução de gastos, disse o secretário, será muito maior levando em consideração a economia que será feita por estados, municípios e empresas estatais (Luis Davilla/Cover/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2013 às 08h29.
Brasília - O governo fez as contas e vai economizar R$ 300 milhões por ano com a redução da conta de luz que entra em vigor este ano.
Segundo cálculos do secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, essa é a economia que será feita somente pela administração direta do governo federal.
A redução de gastos, disse o secretário, será muito maior levando em consideração a economia que será feita por Estados, municípios e empresas estatais, principalmente as companhias de fornecimento de água.
"O Tesouro Nacional não vai ter prejuízo", garantiu. O governo vai usar o dinheiro que recebe anualmente de Itaipu para garantir a redução de 20,2%, em média, da conta de luz no ano. Isso terá de ser feito por conta da desistência de três companhias, que não aceitaram renovar as concessões dentro das regras fixadas pelo Palácio do Planalto.
Mas Augustin ponderou que, por outro lado, gastará menos com as indenizações pelos investimentos já feitos. "Tem um efeito nos dois lados. Vamos gastar menos de indenizações e vamos ter de auxiliar mais no fluxo para reduzir o custo da energia. Uma coisa acaba compensando a outra", afirmou.
Para ele, mesmo com a desistência das elétricas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o modelo proposto pelo Planalto para renovar as concessões do setor e reduzir o custo da energia produzida no País "deu certo" e será uma das mais importantes medidas adotadas pelo governo para estimular a competitividade e o crescimento do Brasil. "A desistência é opção das empresas, que respeitamos, mas estava nos planos desde sempre", admitiu.
Os R$ 4 bilhões pagos anualmente por Itaipu serão utilizados para cobrir a diferença entre o corte do valor da energia obtido com a renovação dos contratos de concessão, que ficou em 16,7%, e a taxa prometida pela presidente Dilma Rousseff.