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Governo do Egito diz que infiltrados são responsáveis por protestos

O novo governo egípcio acusa um grupo de pistoleiros, conhecido no país como 'baltaguiya', de comandarem os distúrbios, o que foi negado pelos manifestantes

Manifestantes tentam se proteger das bombas de gás lacrimogêneo no Egito
 (Michele Sibiloni/AFP)

Manifestantes tentam se proteger das bombas de gás lacrimogêneo no Egito (Michele Sibiloni/AFP)

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Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2011 às 12h24.

Cairo - O responsável pelo setor de segurança do Ministério do Interior do Egito, Sami Sidhom, disse nesta segunda-feira que os distúrbios que estão ocorrendo na Praça Tahrir, no Cairo, não são organizados por ativistas, e sim por um grupo de pistoleiros, conhecido no país como 'baltaguiya', o que foi negado pelos manifestantes.

O funcionário disse à televisão estatal egípcia que são os pistoleiros infiltrados que estão atacando a polícia e tentando entrar no Ministério do Interior.

Sidhom afirmou que se encontrou com representantes dos ativistas e pediu a eles que expulsem esse grupo da praça, para assim poder garantir a segurança da população.

O funcionário disse ainda que foi estabelecido um acordo com os manifestantes para que os ativistas formem comissões populares para organizar os protestos e impedir a ação dos pistoleiros. 'Os manifestantes têm todo o direito de reclamar. Nós apenas reclamamos da presença dos 'baltaguiya'', disse o funcionário.

Sidhom disse ainda que os ativistas reconheceram a presença dos pistoleiros mas não cumpriram o acordo na manhã desta segunda-feira. Um representando do Movimento 6 de Abril, no entanto, negou as afirmações do governo:

'Não há infiltrados entre nós. Como o Ministério do Interior pode distinguir entre um infiltrado e um ativista? Suas balas não distinguem...', opinou o manifestante.

O número de mortos desde a meia-noite de hoje já chega a 14, segundo o Ministério da Saúde. Desde sábado, outras 12 pessoas perderam a vida.

Os protestos na Praça Tahrir pedem que a junta militar que governa o Egito marque eleições. Os conflitos voltaram a ocorrer no local na manhã desta segunda. 

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