Mundo

Governo britânico propõe lei para referendo de independência da Escócia

O secretário de Estado britânico para a Escócia, Michael Moore, levou a proposta do governo à Câmara dos Comuns; medida busca avançar a realização do polêmico referendo

Partido Nacionalista Escocês anunciou nesta terça-feira sua decisão de realizar a consulta no segundo semestre de 2014 (Getty Images)

Partido Nacionalista Escocês anunciou nesta terça-feira sua decisão de realizar a consulta no segundo semestre de 2014 (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2012 às 20h58.

Londres, 10 jan (EFE).- O governo do Reino Unido propôs nesta terça-feira uma fórmula legislativa que permitiria à Escócia realizar um referendo de caráter vinculante em 2013 sobre a independência da nação.

O secretário de Estado britânico para a Escócia, Michael Moore, levou a proposta do governo à Câmara dos Comuns (Câmara baixa do Parlamento do Reino Unido). A medida buscaria avançar a realização do polêmico referendo.

No entanto, o Partido Nacionalista Escocês (SNP), que ganhou as eleições autônomas por maioria em 2011 com o compromisso de organizar uma consulta sobre a independência ainda nesta legislatura, anunciou nesta terça-feira sua decisão de realizá-la no segundo semestre de 2014.

Embora o prazo desejado por Londres seja de no máximo 18 meses, o SNP deseja mais tempo para preparar o referendo, e por isso disse querer 2014. O partido alega não precisar de autorização do Parlamento de Westminster (Londres) para realizar um referendo de tipo consultivo.

O chefe do governo da região semiautônoma britânica, o nacionalista Alex Salmond, disse nesta terça-feira que 'esta é a decisão mais importante que a Escócia tomará em 300 anos' desde que se formalizou sua união ao Estado britânico.

Salmond defende 2014 como prazo e ressaltou ainda que o governo de Londres deve 'resistir à tentação de se imiscuir na democracia escocesa'.

O governo central - formado por uma coalizão entre conservadores e liberais-democratas - argumenta que apenas o Parlamento britânico, e não o escocês, tem poder para legislar sobre a realização de um referendo na Escócia, mesmo que de caráter apenas consultivo.

A ideia do governo britânico, tachada de oportunista pelos nacionalistas escoceses, é que a consulta seja realizada em um prazo de 12 a 18 meses, de forma 'justa, legal e decisiva', sob a supervisão da comissão eleitoral do país. 

Acompanhe tudo sobre:EscóciaEuropaGovernoPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua