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Governadores criticam suspensão de ajuda por "Sandy"

Nas palavras de Cuomo e Christie, os cidadãos "não podem dar-se ao luxo de esperar muito tempo enquanto os políticos brincam em Washington"


	Região de Nova York destruída após o furacão Sandy: "Milhares de residentes de Nova Jersey iniciaram o ano de 2013 inseguros perante o futuro", disse Christie
 (Spencer Platt/AFP)

Região de Nova York destruída após o furacão Sandy: "Milhares de residentes de Nova Jersey iniciaram o ano de 2013 inseguros perante o futuro", disse Christie (Spencer Platt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2013 às 19h15.

Nova York - Os governadores de Nova York, Andrew Cuomo, e de Nova Jersey, Chris Christie, criticaram nesta quarta-feira o adiamento da ajuda de US$ 27 bilhões para os afetados pela tempestade "Sandy" por parte do presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Johan Boehner.

"Com tudo o que Nova York e Nova Jersey e nosso milhões de residentes e pequenos negócios sofreram e suportaram, esta falta de ação contínua e a indiferença pela Câmara dos Representantes é inescusável", afirmaram os governadores em comunicado conjunto emitido nesta quarta.

Nas palavras de Cuomo e Christie, os cidadãos "não podem dar-se ao luxo de esperar muito tempo enquanto os políticos brincam em Washington".

Boehner decidiu terça-feira suspender a votação sobre o pacote de ajuda para as vítimas da tempestade "Sandy" por conta do debate na Câmara Baixa do Congresso em torno da aprovação da legislação contra o chamado "abismo fiscal".

"Os desastres naturais ocorrem em estados vermelhos e azuis e não temos que responder como republicados ou democratas, mas como americanos", afirmou o republicano Christie, visivelmente irritado, em entrevista coletiva.

O governador de Nova Jersey se mostrou "zangado" e "decepcionado" com a decisão tomada pelo também republicano Boehner, e disse sentir "vergonha" do Congresso.

"Milhares de residentes de Nova Jersey iniciaram o ano de 2013 inseguros perante o futuro", disse Christie, que acrescentou que não há nenhuma justificativa sobre o ocorrido ontem à noite na Câmara dos Representantes.

Além disso, Christie criticou que 66 dias depois da passagem da tempestade pela zona, os cidadãos estão esperando "seis vezes mais" para receber ajudas do que em outros desastres naturais, como o furacão Katrina.

Os estados de Nova York e Nova Jersey foram os mais afetados pela tempestade, que deixou mais de 120 mortos em todo país e milhares de casas destruídas ou danificadas.

Neste sentido, Christie disse que os cidadãos de ambos os estados estão "cansados" de serem tratados como "cidadãos da segunda classe", por isso que ambos os governadores trabalharão conjutamente para impedir essa situação, afirmou.

Christie e Cuomo concordaram que os cidadãos americanos estão passando necessidades e é preciso ajuda, algo que foi negado na câmara. "Eles negaram ajuda aos cidadãos após um desastre natural grave e devastador", disseram.

Este pacote de ajuda de US$ 27 bilhões tinha sido proposto pelo presidente dos EUA, Barack Obama, e aprovado pelo Senado há poucos dias.

Além disso, a ajuda tinha avançado depois que a Comissão de Dotações Orçamentárias da câmara apresentou um projeto de lei junto com uma emenda do representante republicano Rodney Frelinghuysen, de Nova Jersey, que solicitava US$ 33 bilhões adicionais para equiparar a iniciativa com a aprovada pelo Senado na semana anterior.

A menos que haja uma reviravolta abrupta de opiniões entre os legisladores, o resultado é que a legislação aprovada pelo Senado perecerá, já que a legislatura será finalizada amanhã, ao meio-dia.

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