No Senado, Gleisi vinha se destacando como "líder informal do governo" (Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2011 às 19h23.
Brasília - Confirmada para suceder ao ministro Antonio Palocci na chefia da Casa Civil, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) tem atuado com destaque na defesa do governo no Senado. Ela praticamente trabalhava como uma líder do governo. Fontes do Planalto avalizam que Gleisi tem todas as condições para comandar a Casa Civil e o relacionamento com o Congresso.
A paranaense de 45 anos tem experiência política, adquirida nas duas campanhas eleitorais, e reúne características técnicas, reforçadas durante o comando da diretoria de Finanças da Itaipu Binacional. Ex-presidente do PT no Paraná, Gleisi perdeu a eleição para o tucano Beto Richa à prefeitura de Curitiba em 2008, mas conseguiu se eleger ao Senado nas eleições do ano passado e contou com o apoio ostensivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da então candidata Dilma Rousseff.
Mulher do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a paranaense forma com o marido uma espécie de "dupla dinâmica" de aliados de primeira hora do Palácio do Planalto. No Senado, Gleisi vinha se destacando como "líder informal do governo", já que fazia intervenções e apartes a favor do governo federal a todo o momento, sem deixar nenhum ataque da oposição sem resposta.
Sem cargo
Deputado federal entre os anos de 2006-2010, o ex-ministro Antonio Palocci não voltará à Câmara dos Deputados. Palocci não concorreu às eleições para a Câmara no ano passado para coordenar a campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff. Palocci foi a primeira baixa entre os ministros do governo Dilma. Ele assumiu o cargo em 1º de janeiro deste ano e ficou 158 dias no cargo.