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Geração de empregos nos EUA desacelera em maio

Desemprego subiu 9,1% no mês e pode se manter alto no ano

O relatório mostrou uma fraqueza generalizada, com o setor privado de serviços criando 80 mil empregos em maio, após adição de 213 mil em abril (Spencer Platt/Getty Images/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2011 às 15h02.

Washington - A economia dos Estados Unidos pode estar entrando num período prolongado de lentidão, com as empresas contratando o menor número de pessoas em oito meses e a taxa de desemprego subindo a 9,1 por cento em maio.

Houve geração de 54 mil postos de trabalho no mês passado, informou o Departamento de Trabalho dos EUA nesta sexta-feira. O número é pior que a previsão mais pessimista feita em uma pesquisa da Reuters e pouco mais de um terço do estimado em média pelos economistas.

A menor abertura de vagas confirma a fraqueza econômica já sinalizada por outros dados, que vão do gasto do consumidor ao setor manufatureiro. O relatório pode alimentar temores sobre a dimensão e duração da desaceleração iniciada no começo do ano.

O setor privado contratou apenas 83 mil pessoas, o menor volume desde junho, enquanto o governo cortou 29 mil empregos.

Contribuindo para o cenário negativo, os dados de março e abril foram revisados para mostrar a criação de 39 mil vagas a menos do que o inicialmente informado.

Economistas atribuem a lentidão econômica ao encarecimento da gasolina, ao clima ruim e à menor produção de veículos motorizados por causa da escassez de peças gerada pelo terremoto no Japão e pelos tornados e enchentes na região do Meio-Oeste e do Sul dos EUA.

Sem recessão

De acordo com economistas, o relatório não sugere que os EUA estejam entrando em recessão, mas que a geração de empregos pode continuar em baixa.

"A recuperação não foi abortada. A economia não está voltando para uma recaída na recessão", disse Sung Won Sohn, professor de economia da California State University.

"A cadeia de fornecimento relacionada às consequências do tsunami está voltando mais ou menos ao normal. O preço do petróleo tem caído, reduzindo o fardo sobre os consumidores e as empresas." A visão otimista ficou por conta de outro relatório, que mostrou uma ligeira aceleração no crescimento do setor de serviços dos EUA em maio.

O índice do Instituto para Gestão do Fornecimento subiu de 52,8 em abril -- o maior nível desde agosto de 2010 -- para 54,6 no mês passado, ante previsões de 54,0. Leituras acima de 50 indicam expansão no setor.

A economia norte-americana recuperou apenas uma fração dos mais de 8 milhões de empregos perdidos durante a recessão. Economistas dizem que uma geração de 300 mil empregos por mês é necessária para fazer um progresso significativo e reduzir o total de 13,9 milhões de pessoas sem trabalho.


A taxa de desemprego subiu de 9,0 por cento em abril para 9,1 por cento no mês passado, com alguns trabalhadores voltando a procurar emprego.

O relatório de emprego mostrou uma fraqueza generalizada, com o setor privado de serviços criando 80 mil empregos em maio, após adição de 213 mil em abril.

O emprego no varejo, que registrou o maior aumento em 10 anos em abril, teve queda de 8.500 no mês passado. O setor manufatureiro cortou 5 mil vagas e a construção contratou 2 mil pessoas.

A semana média de trabalho ficou estável em 34,4 horas, com poucos sinais de inflação dos salários: o ganho médio por hora subiu apenas 6 centavos.

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Washington - A economia dos Estados Unidos pode estar entrando num período prolongado de lentidão, com as empresas contratando o menor número de pessoas em oito meses e a taxa de desemprego subindo a 9,1 por cento em maio.

Houve geração de 54 mil postos de trabalho no mês passado, informou o Departamento de Trabalho dos EUA nesta sexta-feira. O número é pior que a previsão mais pessimista feita em uma pesquisa da Reuters e pouco mais de um terço do estimado em média pelos economistas.

A menor abertura de vagas confirma a fraqueza econômica já sinalizada por outros dados, que vão do gasto do consumidor ao setor manufatureiro. O relatório pode alimentar temores sobre a dimensão e duração da desaceleração iniciada no começo do ano.

O setor privado contratou apenas 83 mil pessoas, o menor volume desde junho, enquanto o governo cortou 29 mil empregos.

Contribuindo para o cenário negativo, os dados de março e abril foram revisados para mostrar a criação de 39 mil vagas a menos do que o inicialmente informado.

Economistas atribuem a lentidão econômica ao encarecimento da gasolina, ao clima ruim e à menor produção de veículos motorizados por causa da escassez de peças gerada pelo terremoto no Japão e pelos tornados e enchentes na região do Meio-Oeste e do Sul dos EUA.

Sem recessão

De acordo com economistas, o relatório não sugere que os EUA estejam entrando em recessão, mas que a geração de empregos pode continuar em baixa.

"A recuperação não foi abortada. A economia não está voltando para uma recaída na recessão", disse Sung Won Sohn, professor de economia da California State University.

"A cadeia de fornecimento relacionada às consequências do tsunami está voltando mais ou menos ao normal. O preço do petróleo tem caído, reduzindo o fardo sobre os consumidores e as empresas." A visão otimista ficou por conta de outro relatório, que mostrou uma ligeira aceleração no crescimento do setor de serviços dos EUA em maio.

O índice do Instituto para Gestão do Fornecimento subiu de 52,8 em abril -- o maior nível desde agosto de 2010 -- para 54,6 no mês passado, ante previsões de 54,0. Leituras acima de 50 indicam expansão no setor.

A economia norte-americana recuperou apenas uma fração dos mais de 8 milhões de empregos perdidos durante a recessão. Economistas dizem que uma geração de 300 mil empregos por mês é necessária para fazer um progresso significativo e reduzir o total de 13,9 milhões de pessoas sem trabalho.


A taxa de desemprego subiu de 9,0 por cento em abril para 9,1 por cento no mês passado, com alguns trabalhadores voltando a procurar emprego.

O relatório de emprego mostrou uma fraqueza generalizada, com o setor privado de serviços criando 80 mil empregos em maio, após adição de 213 mil em abril.

O emprego no varejo, que registrou o maior aumento em 10 anos em abril, teve queda de 8.500 no mês passado. O setor manufatureiro cortou 5 mil vagas e a construção contratou 2 mil pessoas.

A semana média de trabalho ficou estável em 34,4 horas, com poucos sinais de inflação dos salários: o ganho médio por hora subiu apenas 6 centavos.

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