Geórgia: as autoridades do país fizeram questão de ressaltar que os criminosos perigosos continuarão atrás das grades (Jason Dangel/Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2012 às 12h58.
Tbilisi - O novo governo da Geórgia, presidido pelo multimilionário Bidzina Ivanishvili, prepara uma anistia que deixará em liberdade aproximadamente 6,5 mil presos, informou nesta quarta-feira o ministro de Instituições Penitenciárias Sozar Subari.
Além dos 3,5 mil presos que ganharão liberdade condicional, a anistia anunciada também beneficiará outros 2 mil presos de maneira definitiva.
Por causa de uma mudança no código penal do país caucásio, outros mil presos também poderão deixar as prisões da Geórgia, já que os delitos pelos quais foram condenados não serão considerados mais crimes.
No entanto, Subari fez questão de ressaltar que os criminosos perigosos continuarão atrás das grades.
Enquanto o Parlamento da Geórgia finaliza uma lei de Anistia, os legisladores seguem sem se pronunciar sobre o número exato de pessoas que poderão voltar a suas casas.
Oposição parlamentar, o Movimento Nacional Unido, do presidente Mikhail Saakashvili, teme que a anistia possa gerar um aumento da criminalidade no país.
A câmara de representantes da Geórgia também prepara a libertação dos presos políticos detidos antes da formação do novo governo.
O Comitê de Direitos Humanos do Parlamento da Geórgia elaborou uma lista de 180 pessoas que se encontram presas por motivos políticos. Outra lista semelhante destaca 22 pessoas que foram obrigadas a abandonar o país pelas mesmas razões.
Além da lei de Anistia, o novo governo da Geórgia também prendeu várias autoridades do governo de Saakashvili, como os ex-ministros de Defesa e Interior, Irakli Okruashvili e Bachán Ajalaia, respectivamente, além do comandante do Estado-Maior Geral, Guiorgui Kalandadze.
Na última segunda-feira, em visita oficial ao país, a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, pediu ao Executivo de Ivanishvili não recorrer à "justiça eleitoral" em relação aos seus oponentes políticos.