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G8 pede mais garantias à Síria e ameaça Coreia do Norte

Os ministros ''comemoraram'' o anúncio do enviado especial Kofi Annan de que ''a violência, pelo menos por enquanto, cessou''

Os chefes da diplomacia do Grupo dos 8 finalizaram hoje uma reunião de dois dias em Washington (AFP/Miguel Medina)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 21h23.

Washington - Os ministros de Relações Exteriores do G8 pediram nesta quinta-feira à Síria para dar mais garantias de seu aparente cessar-fogo, e ameaçaram atuar na ONU se a Coreia do Norte realizasse o lançamento de um foguete de longo alcance - o que Pyongyang acabou fazendo.

Os chefes da diplomacia do Grupo dos 8 (G8, formado pelos Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá) finalizaram hoje uma reunião de dois dias em Washington, a fim de preparar a cúpula presidencial de maio em Camp David.

Além de Síria e Coreia do Norte, os chanceleres dedicaram grande parte de sua agenda ao Irã, perante a proximidade da reunião de sábado entre Teerã e o Grupo 5+1 (formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha) sobre o programa nuclear do país islâmico.

Quanto à Síria, os ministros ''comemoraram'' o anúncio do enviado especial Kofi Annan de que ''a violência, pelo menos por enquanto, cessou'', segundo disse à imprensa a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Em um encontro bilateral, Hillary e o chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmaram que o cessar-fogo é ''só um frágil primeiro passo'', segundo o relato da secretária de Estado.

A americana ressaltou que o líder sírio, Bashar al Assad, ''não cumpriu os seis pontos do plano de Kofi Annan'', e lembrou que esse documento ''não é um menu de opções, é um conjunto de obrigações''.

Os ministros de Relações Exteriores concordaram em se manter em contato nos próximos dias para acompanhar ''com precaução'' a situação na Síria, enquanto várias de suas delegações debatiam no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que autorizaria o envio de uma missão de observadores ao país.


''Os Estados Unidos apoiam o envio imediato de uma primeira equipe que comece o trabalho'' para essa missão da ONU, anunciou Hillary.

Para que essa missão seja uma ''força de paz'', o regime de Assad deve garantir ''completa liberdade de movimento, comunicações sem impedimentos e acesso em todo o país e a todos os sírios'', considerou a chefe da diplomacia americana.

Em relação à Coreia do Norte, os ministros se mostraram ''de acordo com a necessidade de estarem preparados para tomar medidas adicionais se os norte-coreanos seguirem adiante'' com seu plano de lançar um satélite incorporado a um foguete de longo alcance, segundo Hillary.

Como o lançamento foi feito - de acordo com a agência sul-coreana ''Yonhap'' e os governos de EUA e Japão -, a expectativa agora é sobre quando o G8 vai tomar essas medidas.

Segundo os chanceleres, ''qualquer lançamento de míssil'' por parte da Coreia do Norte representa ''uma violação das obrigações'' do país sob a resolução 1874 do Conselho de Segurança da ONU, que o proíbe explicitamente de fazer testes com mísseis.

A reunião do G8 aconteceu após um encontro do Quarteto para o Oriente Médio (formado por EUA, Rússia, a União Europeia e a ONU), que pediu ''esforços positivos'' a israelenses e palestinos, e apelou à comunidade internacional para refinanciar a dívida de US$ 1,1 bilhão da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

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Washington - Os ministros de Relações Exteriores do G8 pediram nesta quinta-feira à Síria para dar mais garantias de seu aparente cessar-fogo, e ameaçaram atuar na ONU se a Coreia do Norte realizasse o lançamento de um foguete de longo alcance - o que Pyongyang acabou fazendo.

Os chefes da diplomacia do Grupo dos 8 (G8, formado pelos Estados Unidos, Rússia, Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá) finalizaram hoje uma reunião de dois dias em Washington, a fim de preparar a cúpula presidencial de maio em Camp David.

Além de Síria e Coreia do Norte, os chanceleres dedicaram grande parte de sua agenda ao Irã, perante a proximidade da reunião de sábado entre Teerã e o Grupo 5+1 (formado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU mais a Alemanha) sobre o programa nuclear do país islâmico.

Quanto à Síria, os ministros ''comemoraram'' o anúncio do enviado especial Kofi Annan de que ''a violência, pelo menos por enquanto, cessou'', segundo disse à imprensa a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.

Em um encontro bilateral, Hillary e o chanceler russo, Serguei Lavrov, afirmaram que o cessar-fogo é ''só um frágil primeiro passo'', segundo o relato da secretária de Estado.

A americana ressaltou que o líder sírio, Bashar al Assad, ''não cumpriu os seis pontos do plano de Kofi Annan'', e lembrou que esse documento ''não é um menu de opções, é um conjunto de obrigações''.

Os ministros de Relações Exteriores concordaram em se manter em contato nos próximos dias para acompanhar ''com precaução'' a situação na Síria, enquanto várias de suas delegações debatiam no Conselho de Segurança da ONU um projeto de resolução que autorizaria o envio de uma missão de observadores ao país.


''Os Estados Unidos apoiam o envio imediato de uma primeira equipe que comece o trabalho'' para essa missão da ONU, anunciou Hillary.

Para que essa missão seja uma ''força de paz'', o regime de Assad deve garantir ''completa liberdade de movimento, comunicações sem impedimentos e acesso em todo o país e a todos os sírios'', considerou a chefe da diplomacia americana.

Em relação à Coreia do Norte, os ministros se mostraram ''de acordo com a necessidade de estarem preparados para tomar medidas adicionais se os norte-coreanos seguirem adiante'' com seu plano de lançar um satélite incorporado a um foguete de longo alcance, segundo Hillary.

Como o lançamento foi feito - de acordo com a agência sul-coreana ''Yonhap'' e os governos de EUA e Japão -, a expectativa agora é sobre quando o G8 vai tomar essas medidas.

Segundo os chanceleres, ''qualquer lançamento de míssil'' por parte da Coreia do Norte representa ''uma violação das obrigações'' do país sob a resolução 1874 do Conselho de Segurança da ONU, que o proíbe explicitamente de fazer testes com mísseis.

A reunião do G8 aconteceu após um encontro do Quarteto para o Oriente Médio (formado por EUA, Rússia, a União Europeia e a ONU), que pediu ''esforços positivos'' a israelenses e palestinos, e apelou à comunidade internacional para refinanciar a dívida de US$ 1,1 bilhão da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

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