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G20 pede investimento em energias renováveis

Representantes dos ministérios de Energia das 20 maiores economias do planeta debateram a necessidade de seguir investindo em energias renováveis

Energia renovável (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2015 às 18h18.

Istambul - Representantes dos ministérios de Energia das 20 maiores economias do planeta, o G20 , debateram nesta sexta-feira a necessidade de seguir investindo em energias renováveis e de aumentar a eficácia do consumo apesar da queda dos preços do petróleo, que torna este combustível mais atrativo.

"Tememos que a queda do preço do petróleo possa ameaçar a eficiência energética", disse o ministro de Energia turco, Ali Riza Alaboyun, ao término da reunião.

O anfitrião desta reunião do G20 alertou que o barateamento do petróleo pode conter a aplicação dos acordos já alcançados nesta matéria.

Por isso, os ministros se comprometeram a manter os princípios de eficiência adotados em 2014 no seio do G20.

"Considerando a baixa do preço do petróleo, é fundamental manter o nível dos investimentos em energia. Pedimos aos países do G20 que preparem estratégias de investimento para que possam ser adotadas em Antalya", onde se reunirão em novembro os principais líderes dos países-membros do grupo, resumiu Alaboyun.

"Outro assunto são as renováveis. Queremos energias mais limpas. Debatemos como aumentar seu uso. Adotamos um documento com opções para melhorar a diversificação de fontes de energia", acrescentou o ministro turco.

Alaboyun ressaltou também que, "para melhorar a segurança energética, devemos reforçar a cooperação e para isso deve haver transparência dos dados que compartilhamos".

Nesse sentido, destacou que "2015 é um ano crítico para a mudança climática", em referência à cúpula prevista para dezembro em Paris.

"Como ministros de Energia do G20 queremos contribuir para um resultado positivo desta iniciativa das Nações Unidas. É a primeira vez em que os ministros de Energia do G20 se reuniram e foi uma experiência bem-sucedida, com um comunicado de envergadura, o primeiro comunicado energético adotado no G20", assegurou.

Coincidindo com esta reunião do G20, a Agência Internacional da Energia (AIE) apresentou hoje em Istambul um relatório sobre renováveis e advertiu que as erráticas políticas governamentais obstaculizam o desenvolvimento destas fontes alternativas.

"Muitos países dão um passo adiante e dois atrás, e assim não chegam os investidores", salientou o diretor da AIE, Fatih Birol.

Birol atribuiu a falta de investimentos no setor das renováveis à desconfiança causada por políticas inconsistentes e pediu aos governos "compromissos muito mais claros" e normas estáveis.

"O desenvolvimento das renováveis não se verá afetado pelos baixos preços do petróleo", opinou Birol, porque, exceto no caso dos biocombustíveis, "não concorrem no mesmo setor".

Além disso, acrescentou que o preço do petróleo se "ajustará" em breve em alta, porque sua baixa causou uma enorme queda nos investimentos petrolíferos na América do Norte e no Brasil, que produzirão menos no futuro.

Os ministros do G20 dedicaram também sua atenção à África Subsaariana, onde, segundo Alaboyun, vivem 530 milhões das 1,3 bilhão de pessoas sem acesso à eletricidade no mundo.

"Se a tendência continuar, metade da população desta região seguirá sem acesso à luz. Necessitamos de 6 a 7 gigawatts ao ano, e para isso necessitamos fomentar o investimento privado", reforçou o ministro turco.

Algo que não deveria ser impossível, porque o continente oferece um enorme potencial de negócios e "a maioria dos países têm menos riscos do que se pensa", ressaltou Alaboyun.

A decisão de dar prioridade à África ficará documentada em comunicado adotado na reunião e será entregue aos líderes do G20 na cúpula prevista para 15 e 16 de novembro em Antalya, no sul da Turquia.

Alaboyun disse ainda que o foco na África Subsaariana continuará também ano que vem, quando a China assumir a presidência rotatória do G20, uma vez que o gigante asiático já tem uma grande experiência empresarial nesta região.

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Istambul - Representantes dos ministérios de Energia das 20 maiores economias do planeta, o G20 , debateram nesta sexta-feira a necessidade de seguir investindo em energias renováveis e de aumentar a eficácia do consumo apesar da queda dos preços do petróleo, que torna este combustível mais atrativo.

"Tememos que a queda do preço do petróleo possa ameaçar a eficiência energética", disse o ministro de Energia turco, Ali Riza Alaboyun, ao término da reunião.

O anfitrião desta reunião do G20 alertou que o barateamento do petróleo pode conter a aplicação dos acordos já alcançados nesta matéria.

Por isso, os ministros se comprometeram a manter os princípios de eficiência adotados em 2014 no seio do G20.

"Considerando a baixa do preço do petróleo, é fundamental manter o nível dos investimentos em energia. Pedimos aos países do G20 que preparem estratégias de investimento para que possam ser adotadas em Antalya", onde se reunirão em novembro os principais líderes dos países-membros do grupo, resumiu Alaboyun.

"Outro assunto são as renováveis. Queremos energias mais limpas. Debatemos como aumentar seu uso. Adotamos um documento com opções para melhorar a diversificação de fontes de energia", acrescentou o ministro turco.

Alaboyun ressaltou também que, "para melhorar a segurança energética, devemos reforçar a cooperação e para isso deve haver transparência dos dados que compartilhamos".

Nesse sentido, destacou que "2015 é um ano crítico para a mudança climática", em referência à cúpula prevista para dezembro em Paris.

"Como ministros de Energia do G20 queremos contribuir para um resultado positivo desta iniciativa das Nações Unidas. É a primeira vez em que os ministros de Energia do G20 se reuniram e foi uma experiência bem-sucedida, com um comunicado de envergadura, o primeiro comunicado energético adotado no G20", assegurou.

Coincidindo com esta reunião do G20, a Agência Internacional da Energia (AIE) apresentou hoje em Istambul um relatório sobre renováveis e advertiu que as erráticas políticas governamentais obstaculizam o desenvolvimento destas fontes alternativas.

"Muitos países dão um passo adiante e dois atrás, e assim não chegam os investidores", salientou o diretor da AIE, Fatih Birol.

Birol atribuiu a falta de investimentos no setor das renováveis à desconfiança causada por políticas inconsistentes e pediu aos governos "compromissos muito mais claros" e normas estáveis.

"O desenvolvimento das renováveis não se verá afetado pelos baixos preços do petróleo", opinou Birol, porque, exceto no caso dos biocombustíveis, "não concorrem no mesmo setor".

Além disso, acrescentou que o preço do petróleo se "ajustará" em breve em alta, porque sua baixa causou uma enorme queda nos investimentos petrolíferos na América do Norte e no Brasil, que produzirão menos no futuro.

Os ministros do G20 dedicaram também sua atenção à África Subsaariana, onde, segundo Alaboyun, vivem 530 milhões das 1,3 bilhão de pessoas sem acesso à eletricidade no mundo.

"Se a tendência continuar, metade da população desta região seguirá sem acesso à luz. Necessitamos de 6 a 7 gigawatts ao ano, e para isso necessitamos fomentar o investimento privado", reforçou o ministro turco.

Algo que não deveria ser impossível, porque o continente oferece um enorme potencial de negócios e "a maioria dos países têm menos riscos do que se pensa", ressaltou Alaboyun.

A decisão de dar prioridade à África ficará documentada em comunicado adotado na reunião e será entregue aos líderes do G20 na cúpula prevista para 15 e 16 de novembro em Antalya, no sul da Turquia.

Alaboyun disse ainda que o foco na África Subsaariana continuará também ano que vem, quando a China assumir a presidência rotatória do G20, uma vez que o gigante asiático já tem uma grande experiência empresarial nesta região.

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