Texto expressa preocupação com dados da ONU que estimam até 323 milhões de pessoas com insegurança alimentar (Kerstin Joensson/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 28 de junho de 2022 às 09h39.
Última atualização em 28 de junho de 2022 às 13h56.
O G-7 anunciou a mobilização de mais US$ 4,5 bilhões para lidar com a crise de insegurança alimentar, em comunicado conjunto divulgado no âmbito da cúpula de líderes do grupo, que se encerra nesta terça-feira (28) na Alemanha. A cifra eleva o total de recursos direcionados ao tema este ano a mais de US$ 14 bilhões.
"Nós, os líderes do G-7, não pouparemos esforços para aumentar a segurança alimentar e nutricional global e para proteger os mais vulneráveis, a quem a crise alimentar ameaça atingir com mais força", comprometem-se na nota.
Os signatários do texto expressam preocupação com dados da Organização das Nações Unidas (ONU) que estimam até 323 milhões de pessoas com insegurança alimentar aguda ou alto risco em 2022. Entre os fatores por trás desse quadro, os países citam pandemia, perda de biodiversidade, mudanças climáticas e incertezas econômicas globais.
"A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, incluindo o bloqueio de rotas de exportação de grãos da Ucrânia, está agravando dramaticamente a crise da fome", acrescentaram.
O G-7 reforça o apelo para que Moscou encerre o bloqueio aos portos ucranianos no Mar Negro e cesse a destruição da infraestrutura de agricultura do país. Também assegura que trabalhará para que as sanções contra o Kremlin não atinjam o setor de alimentação. "Vamos intensificar nossos esforços para ajudar a Ucrânia a continuar produzindo produtos agrícolas tendo em vista a próxima época de colheita", destaca.
O G-7 é composto por Alemanha, Canadá, França, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, com representação da União Europeia (UE).
Leia também:
Caminhão com 46 migrantes mortos é encontrado nos EUA
Rússia nega que tenha dado calote após ter perdido pagamentos de dívidas
Emelec x Atlético-MG: Equador cancela partidas, mas Libertadores é mantida; entenda a crise no país