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França vive novo fim de semana de protestos dos "coletes amarelos"

No domingo, o movimento completa três meses e para hoje estão previstas concentrações em pelo menos 20 cidades do país

Protesto em Paris: para o domingo também há outra convocação, neste caso declarada e de vontade "pacífica" (Benoit Tessier/Reuters)

Protesto em Paris: para o domingo também há outra convocação, neste caso declarada e de vontade "pacífica" (Benoit Tessier/Reuters)

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EFE

Publicado em 16 de fevereiro de 2019 às 11h27.

Paris - A França vive um novo fim de semana de protestos dos "coletes amarelos", o décimo quarto consecutivo, no qual há temores de distúrbios apesar de as últimas mobilizações terem diminuído de tamanho.

No domingo, o movimento completa três meses e para hoje estão previstas concentrações em pelo menos 20 cidades do país.

Em Paris, foram lançadas várias convocações em diferentes pontos com mensagens variadas.

Para o domingo também há outra convocação, neste caso declarada e de vontade "pacífica".

Segundo os números do Ministério do Interior, os protestos nas últimas semanas estão muito longe das cerca de 290 mil pessoas que se manifestaram na primeira edição de 17 de novembro em todo o país, mas foram perdendo força em termos de mobilização.

De acordo com o ministério, no último dia 9 saíram às ruas 51,4 mil manifestantes, frente aos 84 mil de 12 de janeiro. No entanto, os "coletes amarelos" rejeitam esses dados e afirmam que no sábado passado foram 118,2 mil os presentes nos protestos.

O instituto demoscópico Elabe, em uma pesquisa divulgada na quarta-feira, disse que pela primeira vez desde que começaram os protestos há uma maioria de franceses (56%) que querem que o movimento termine. Para 64% dos indagados, as manifestações se afastaram das reivindicações iniciais.

Um dos aspectos que favoreceu o aumento dos que se opõem aos "coletes amarelos" são os atos de violência que, segundo contou na terça-feira passada o primeiro-ministro, Édouard Philippe, já se traduziram em 1.796 penas.

Em três meses, a polícia e a Gendarmaria realizaram 7,5 mil detenções em concentrações que estão tendo impacto econômico, sobretudo no comércio e no turismo.

No último trimestre de 2018, a França desacelerou seu crescimento econômico e reduziu em um décima o seu Produto Interno Bruto (PIB), coincidindo com a crise dos "coletes amarelos".

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