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França considera abandonar energia nuclear

Segundo Eric Besson, ministro da Energia, esse cenário não é o preferido pelo governo

Usina nuclear na França: ministro quer manter 2/3 da fonte energética (Yann Forget/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2011 às 13h24.

Paris - A França levantou pela primeira vez a possibilidade de desistir da energia nuclear, embora seu ministro da Energia tenha enfatizado nesta sexta-feira que esse é apenas um entre muitos cenários e que não é o preferido do governo.

O ministro da Energia, Eric Besson, anunciou na rádio Europe 1 o lançamento de um estudo da matriz energética do país até 2050, com opções que incluem a desistência completa de produzir energia nuclear, uma redução de 50 por cento na participação de energia nuclear e uma redução progressiva da produção elétrica total na França.

"Vamos estudar todos os cenários possíveis para o que chamaremos de matriz energética", disse ele. "Isso será feito com total objetividade, com transparência completa e sem evitar qualquer cenário..., incluindo os cenários de uma desistência nuclear." Um funcionário do Ministério da Energia disse à Reuters que um dos cenários prevê a desistência completa da energia nuclear até 2050 ou até mesmo 2040.

Mas Besson destacou que é a favor da manutenção da participação em dois terços da energia nuclear na produção energética total da França, comparada com os 74 por cento de participação em 2010.

"A desistência não é minha convicção, não é a escolha do governo e do presidente. Ao mesmo tempo, porém, não podemos excluir nada", enfatizou.

Contrastando com a Alemanha, que em maio declarou que vai cessar sua produção de energia nuclear completamente até 2022, a França vem sendo forte defensora da energia nuclear, e o governo tinha excluído a possibilidade de desistir dela como fonte energética.

Embora a forte dependência francesa sobre a energia nuclear dificulte muito uma mudança total de posição, com a eleição presidencial de maio de 2012 chegando mais perto, o governo pode sentir a tentação de sugerir que estaria considerando essa possibilidade.

Uma pesquisa no mês passado mostrou que três quartos dos franceses entrevistados queriam que o país deixasse de produzir energia nuclear, contra 22 por cento que apoiam a ampliação do programa nuclear.

Enquanto o partido de centro-direita UMP é principalmente em favor da ampliação do programa nuclear, o oposicionista Partido Socialista vem pedindo que não sejam construídos novos reatores e prometeu que, se for eleito em 2012, promoverá um debate nacional sobre uma transição energética.

As ações da empresa de eletricidade francesa EDF, que é responsável pelos 58 reatores nucleares da França, tiveram queda de quase 1 por cento depois da notícia de que a França vai estudar a possibilidade de abandonar a energia nuclear por completo.

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Paris - A França levantou pela primeira vez a possibilidade de desistir da energia nuclear, embora seu ministro da Energia tenha enfatizado nesta sexta-feira que esse é apenas um entre muitos cenários e que não é o preferido do governo.

O ministro da Energia, Eric Besson, anunciou na rádio Europe 1 o lançamento de um estudo da matriz energética do país até 2050, com opções que incluem a desistência completa de produzir energia nuclear, uma redução de 50 por cento na participação de energia nuclear e uma redução progressiva da produção elétrica total na França.

"Vamos estudar todos os cenários possíveis para o que chamaremos de matriz energética", disse ele. "Isso será feito com total objetividade, com transparência completa e sem evitar qualquer cenário..., incluindo os cenários de uma desistência nuclear." Um funcionário do Ministério da Energia disse à Reuters que um dos cenários prevê a desistência completa da energia nuclear até 2050 ou até mesmo 2040.

Mas Besson destacou que é a favor da manutenção da participação em dois terços da energia nuclear na produção energética total da França, comparada com os 74 por cento de participação em 2010.

"A desistência não é minha convicção, não é a escolha do governo e do presidente. Ao mesmo tempo, porém, não podemos excluir nada", enfatizou.

Contrastando com a Alemanha, que em maio declarou que vai cessar sua produção de energia nuclear completamente até 2022, a França vem sendo forte defensora da energia nuclear, e o governo tinha excluído a possibilidade de desistir dela como fonte energética.

Embora a forte dependência francesa sobre a energia nuclear dificulte muito uma mudança total de posição, com a eleição presidencial de maio de 2012 chegando mais perto, o governo pode sentir a tentação de sugerir que estaria considerando essa possibilidade.

Uma pesquisa no mês passado mostrou que três quartos dos franceses entrevistados queriam que o país deixasse de produzir energia nuclear, contra 22 por cento que apoiam a ampliação do programa nuclear.

Enquanto o partido de centro-direita UMP é principalmente em favor da ampliação do programa nuclear, o oposicionista Partido Socialista vem pedindo que não sejam construídos novos reatores e prometeu que, se for eleito em 2012, promoverá um debate nacional sobre uma transição energética.

As ações da empresa de eletricidade francesa EDF, que é responsável pelos 58 reatores nucleares da França, tiveram queda de quase 1 por cento depois da notícia de que a França vai estudar a possibilidade de abandonar a energia nuclear por completo.

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