Exame Logo

França autoriza manifestação de sindicatos amanhã em Paris

A queda de braço que os sete sindicatos mantêm com o Executivo, por conta das reformas trabalhistas no país, teve várias horas de tensão esta manhã

Protestos: a queda de braço que os sete sindicatos mantêm com o Executivo, por conta das reformas trabalhistas no país, teve várias horas de tensão esta manhã (Jacky Naegelen / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2016 às 12h25.

Paris - Os sindicatos que se opõem à reforma trabalhista do governo da França foram finalmente autorizados nesta quarta-feira a se manifestarem amanhã em Paris , mas com um itinerário diferente, proposto pelo ministro do Interior Bernard Cazeneuve, depois que os protestos tinham sido proibidos esta manhã por razões de segurança,

A queda de braço que os sete sindicatos mantêm com o Executivo, e em particular com o primeiro-ministro Manuel Valls, pelo projeto de lei teve várias horas de tensão esta manhã, que resultaram na proposta de Cazeneuve com esse novo itinerário.

Os secretários-gerais da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Philippe Martínez, e da Força Operária, Jean-Claude Mailly, se encarregaram de anunciar à imprensa o compromisso alcançado, que os autoriza a marchar da Praça da Bastilha pelo Porto do Arsenal, em direção ao rio Sena, e de volta à Bastilha.

Horas antes, a polícia tinha dito que a manifestação inicialmente proposta pelas centrais sindicais estava proibida, já que as mesmas tinham se negado a aceitar uma simples concentração como queria o ministro do Interior, alegando a necessidade de evitar distúrbios como os registrados em protestos anteriores, em particular no último dia 14.

A proibição gerou muitas reações contrárias, vindas de organizações sindicais, inclusive a CFDT, que apoia a reforma, da esquerda, de uma parte da direita e da Frente Nacional, de extrema-direita.

Assim que foi autorizada a manifestação, Cazeneuve explicou que ele "pessoalmente" tinha decidido pela interdição do itinerário dos sindicatos porque "não podia permitir" que episódios de violência com os do dia 14, quando 29 policiais ficaram feridos, se repetissem.

O ministro justificou a opção definitiva de "um cortejo em um circuito extremamente curto" e pediu "responsabilidade" aos organizadores, antes de advertir que a violência e a desordem "não serão toleradas".

Já Martínez insistiu que as organizações responsáveis por convocar o protesto pretendem se manifestar "pacificamente", que seu serviço de ordem foi "reforçado" e se ocupará, como sempre, dos que estão dentro do cortejo, e que os violentos que podem agir à margem deste são competência da polícia e do Ministério do Interior.

As sete organizações responsáveis por convocar a manifestação preveem uma nova marcha em Paris contra a reforma trabalhista no próximo dia 28 com um itinerário que, segundo as conversas mantidas hoje com Cazeneuve, será decidido nos próximos dias.

Veja também

Paris - Os sindicatos que se opõem à reforma trabalhista do governo da França foram finalmente autorizados nesta quarta-feira a se manifestarem amanhã em Paris , mas com um itinerário diferente, proposto pelo ministro do Interior Bernard Cazeneuve, depois que os protestos tinham sido proibidos esta manhã por razões de segurança,

A queda de braço que os sete sindicatos mantêm com o Executivo, e em particular com o primeiro-ministro Manuel Valls, pelo projeto de lei teve várias horas de tensão esta manhã, que resultaram na proposta de Cazeneuve com esse novo itinerário.

Os secretários-gerais da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Philippe Martínez, e da Força Operária, Jean-Claude Mailly, se encarregaram de anunciar à imprensa o compromisso alcançado, que os autoriza a marchar da Praça da Bastilha pelo Porto do Arsenal, em direção ao rio Sena, e de volta à Bastilha.

Horas antes, a polícia tinha dito que a manifestação inicialmente proposta pelas centrais sindicais estava proibida, já que as mesmas tinham se negado a aceitar uma simples concentração como queria o ministro do Interior, alegando a necessidade de evitar distúrbios como os registrados em protestos anteriores, em particular no último dia 14.

A proibição gerou muitas reações contrárias, vindas de organizações sindicais, inclusive a CFDT, que apoia a reforma, da esquerda, de uma parte da direita e da Frente Nacional, de extrema-direita.

Assim que foi autorizada a manifestação, Cazeneuve explicou que ele "pessoalmente" tinha decidido pela interdição do itinerário dos sindicatos porque "não podia permitir" que episódios de violência com os do dia 14, quando 29 policiais ficaram feridos, se repetissem.

O ministro justificou a opção definitiva de "um cortejo em um circuito extremamente curto" e pediu "responsabilidade" aos organizadores, antes de advertir que a violência e a desordem "não serão toleradas".

Já Martínez insistiu que as organizações responsáveis por convocar o protesto pretendem se manifestar "pacificamente", que seu serviço de ordem foi "reforçado" e se ocupará, como sempre, dos que estão dentro do cortejo, e que os violentos que podem agir à margem deste são competência da polícia e do Ministério do Interior.

As sete organizações responsáveis por convocar a manifestação preveem uma nova marcha em Paris contra a reforma trabalhista no próximo dia 28 com um itinerário que, segundo as conversas mantidas hoje com Cazeneuve, será decidido nos próximos dias.

Acompanhe tudo sobre:EuropaFrançaMetrópoles globaisPaíses ricosParis (França)Política no BrasilProtestosSindicatos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame