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Fragmento de papiro sobre esposa de Jesus não é falsificação

Cientistas concluíram que o papiro e a tinta são provavelmente antigos e que o documento não se trata de uma falsificação moderna

Figura de Jesus Cristo: existência do fragmento, conhecido como o "Evangelho da Esposa de Jesus", foi divulgada em uma conferência acadêmica em 2012 (Stock.Xchange)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2014 às 18h52.

Cientistas que examinaram um controverso fragmento de papiro escrito em copta egípcio, em que Jesus fala de sua esposa, concluíram em artigos publicados nesta quinta-feira que o papiro e a tinta são provavelmente antigos e que o documento não se trata de uma falsificação moderna.

A existência do fragmento, conhecido como o "Evangelho da Esposa de Jesus", foi divulgada em uma conferência acadêmica em 2012. Ele é visto por alguns acadêmicos como um documento que permite vislumbrar como antigos cristãos pensavam, mas outros, incluindo o Vaticano, qualificaram o papiro como uma falsificação absurda.

Estudos científicos realizados ao longo dos últimos dois anos em várias universidades sugerem que tanto a tinta como o papiro são provavelmente anteriores ao século 9 e que a linguagem e o estilo de escrita correspondem aos desse período.

"Tudo isso indica que o papiro é antigo e pode ter sido escrito na Antiguidade", disse a repórteres, por teleconferência, a historiadora da Harvard Divinity School, Karen King, que apresentou pela primeira vez o fragmento em 2012.

Embora o fragmento, do tamanho de um cartão de visitas, contenha apenas alguns pedaços de frases, aparentemente, arrancadas de um texto maior, elas parecem expressar ideias não vistas nos Evangelhos canônicos do Novo Testamento.

"Jesus lhes disse: ‘Minha esposa ...'", diz um trecho de uma borda rasgada, enquanto outras linhas falam de Jesus sugerindo que pelo menos algumas mulheres poderiam ser suas discípulas -- papéis preenchidos nos evangelhos canônicos exclusivamente por homens.

Karen tem dito repetidamente que ninguém deve confundir o fragmento como prova de que Jesus realmente tinha uma esposa, uma noção sustentada por poucos, se houver alguns, cristãos modernos. Em vez disso, ela disse que o texto mostra como alguns cristãos antigos estavam discutindo o lugar das mulheres e o papel do casamento na igreja.

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A existência do fragmento, conhecido como o "Evangelho da Esposa de Jesus", foi divulgada em uma conferência acadêmica em 2012. Ele é visto por alguns acadêmicos como um documento que permite vislumbrar como antigos cristãos pensavam, mas outros, incluindo o Vaticano, qualificaram o papiro como uma falsificação absurda.

Estudos científicos realizados ao longo dos últimos dois anos em várias universidades sugerem que tanto a tinta como o papiro são provavelmente anteriores ao século 9 e que a linguagem e o estilo de escrita correspondem aos desse período.

"Tudo isso indica que o papiro é antigo e pode ter sido escrito na Antiguidade", disse a repórteres, por teleconferência, a historiadora da Harvard Divinity School, Karen King, que apresentou pela primeira vez o fragmento em 2012.

Embora o fragmento, do tamanho de um cartão de visitas, contenha apenas alguns pedaços de frases, aparentemente, arrancadas de um texto maior, elas parecem expressar ideias não vistas nos Evangelhos canônicos do Novo Testamento.

"Jesus lhes disse: ‘Minha esposa ...'", diz um trecho de uma borda rasgada, enquanto outras linhas falam de Jesus sugerindo que pelo menos algumas mulheres poderiam ser suas discípulas -- papéis preenchidos nos evangelhos canônicos exclusivamente por homens.

Karen tem dito repetidamente que ninguém deve confundir o fragmento como prova de que Jesus realmente tinha uma esposa, uma noção sustentada por poucos, se houver alguns, cristãos modernos. Em vez disso, ela disse que o texto mostra como alguns cristãos antigos estavam discutindo o lugar das mulheres e o papel do casamento na igreja.

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