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Fotógrafo sul-africano desaparecido morreu baleado por forças de Kadafi

Família informou pelo Facebook que o fotógrafo foi ferido em um local remoto do deserto líbio

Repórteres americanos James Folley e Clare Morgana Gillis estavam com o fotógrafo e libertados na quarta-feira em Trípoli. Falaram de sua morte nas mãos das tropas de Kadafi (Franco Origlia/Getty Image)

Repórteres americanos James Folley e Clare Morgana Gillis estavam com o fotógrafo e libertados na quarta-feira em Trípoli. Falaram de sua morte nas mãos das tropas de Kadafi (Franco Origlia/Getty Image)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2011 às 06h03.

Nairóbi - O fotógrafo sul-africano desaparecido na Líbia, Anton Hammerl, morreu baleado pelas forças do líder líbio, Muammar Kadafi, no mesmo dia de seu desaparecimento, informou sua família nesta sexta-feira.

"Em 5 de abril, Anton foi baleado pelas forças de Kadafi em um local muito remoto do deserto líbio. Segundo as testemunhas, seus ferimentos eram tão graves que não pôde sobreviver sem atendimento médico", assinala sua família em uma nota no Facebook.

O texto indica que sua família recebeu ontem a "devastadora notícia" da morte do fotógrafo e assinala que "as palavras não são suficientes para descrever o incrível trauma que a família Hammerl está enfrentando".

Segundo o site do diário sul-africano "The Star", para o qual trabalhava Hammerl, os repórteres americanos James Folley e Clare Morgana Gillis, libertados na quarta-feira em Trípoli e que ontem chegaram à Tunísia, informaram na noite desta quinta a esposa de Hammerl, Penny Sukraj, da morte do marido.

Folley e Clare foram libertados junto com o britânico Nigel Chandler e o fotógrafo espanhol Manu Bravo.

Tanto Bravo quando Folley e Clare estavam com Hammerl quando o fotógrafo foi ferido no abdômen perto da cidade líbia de Briga, segundo disse ao periódico uma amiga da família, Bronwyn Friedlander.

A família lembra que desde que Hammerl desapareceu tinha mantido a esperança de encontrá-lo, pois autoridades líbias lhes asseguraram que o fotógrafo estava com eles.

Por esse motivo, consideram "de uma crueldade intolerável que as autoridades leais a Kadafi conhecessem a sorte de Anton todo este tempo e tenham optado por escondê-la".

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