Fórum Econômico Mundial quer convidar Assange a Davos
Para o diretor do Fórum, WikiLeaks mostra que governos, empresas e dirigentes devem aceitar que estão permanentemente em uma sala envidraçada
Da Redação
Publicado em 26 de janeiro de 2011 às 11h26.
Genebra - O diretor do Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês), Klaus Schwab, afirmou neste domingo que gostaria de convidar o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, para o encontro de janeiro em Davos das principais autoridades políticas e econômicas mundiais.
"Na realidade, deveria convidar Assange a Davos, mas não é possível porque não está autorizado a deixar a Inglaterra", explicou Schwab em uma entrevista ao jornal SonntagsZeitung.
"Vou esperar até que a justiça sueca o absolva", completou.
"O WikiLeaks é a expressão da nova realidade. O equilíbrio entre a esfera privada e a transparência se transformou essencialmente. Os governos, as empresas e os dirigentes devem aceitar que estão permanentemente em uma sala envidraçada", explicou o fundador do WEF.
"Falaremos em Davos, mas nossa prioridade será aprender a lição e extrair as consequências da crise financeira e da dívida".
Julian Assange está em liberdade condicional em uma mansão inglesa à espera da decisão da justiça britânica sobre sua possível extradição para a Suécia por acusações de "agressão sexual", um processo em tese independente do alvoroço provocado pelo vazamento de telegramas diplomáticos americanos pelo WikiLeaks.
A 41ª edição do Fórum de Davos acontecerá de 26 a 30 de janeiro nesta pequena estação alpina do leste da Suíça. O evento terá como convidado de honra o presidente russo Dmitri Medvedev.
O Fórum deve receber 27 chefes de Estado e de Governo.