Fome diminui no mundo mas 1 a cada 9 pessoas está desnutrida
Esforços de governos para melhorar a nutrição ajudaram a meta das ONU de cortar pela metade a proporção de pessoas famintas entre 1990 e 2015
Da Redação
Publicado em 16 de setembro de 2014 às 13h48.
Roma - O número de pessoas famintas no mundo caiu em mais de 100 milhões na última década, mas 805 milhões de pessoas, uma em cada nove no planeta, ainda não têm o suficiente para comer, disseram três agências mundiais de alimentos e agricultura nesta terça-feira.
Esforços de governos para melhorar a nutrição ajudaram a colocar o mundo no caminho para a meta das Nações Unidas de cortar pela metade a proporção de pessoas famintas entre 1990 e 2015, disseram a agência de alimentos da ONU, o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola e a o Programa Mundial de Alimentos.
“Um estudo sobre onde estamos na redução da fome e desnutrição mostra que o progresso na redução da fome em nível global se mantém, mas também que a insegurança alimentar ainda é um desafio a ser vencido”, disseram no relatório “O Estado de Segurança Alimentar no Mundo”.
Um progresso substancial no abastecimento de alimentos em países como o Brasil melhorou os dados gerais e mascarou as lutas em países como Haiti, onde o número de pessoas famintas aumentou de 4,4 milhões de 1990 a 1992 para 5,2 milhões de 2012 a 2014, disse o relatório.
Países como Brasil e Indonésia já alcançaram a meta de desenvolvimento ao cortarem pela metade a proporção de desnutrição de suas populações, por meio de investimentos e políticas em áreas como agricultura e alimentação escolar.
Mas o relatório pediu mais esforços em outros lugares, especialmente na África subsaariana e no sul e no oeste da Ásia, para reduzir a fatia de população faminta nos países em desenvolvimento para 11,7 por cento, ante 13,5 por cento atualmente, até o fim de 2015.
Uma meta mais ambiciosa, de cortar pela metade o número absoluto de pessoas cronicamente desnutridas até 2015, foi cumprida por 25 países em desenvolvimento desde 1990, mas não houve tempo suficiente para todo o mundo alcançar esse objetivo, disse o relatório.